Edersen Lima

Só Teresa
Há 15 meses da eleição para Prefeitura de Boa Vista, de certo só a candidatura à re-eleição da prefeita Teresa Surita. O demais nomes de candidatos do governo do estado, ou das especulações em torno dos nomes do deputado Abel Galinha e de alguém do PSDB - isso porque já sente-se no ninho tucano o desgaste na imagem da evangélica deputada Shéridan... - não há nada de confirmado.

Indefinido
Falar em "candidato do governo do estado" na realidade é falar em candidato de Neudo Campos - a governadora, dona Suely Campos, como boa e obediente parceira só balançará a cabeça concordando, ainda não foi decidida por ele. O "anão" (como afirmou o deputado Tiririca) Mecias de Jesus e o filho Jonatan de Jesus, o sobrinho Paulinho Linhares, e o empresário Parima seriam as atuais opções que se postulam perante a Neudo.

Empresário, não
Escaldado com o vexame que foi a candidatura do amigo e empresário Carlos Coelho, em 2000, quando Neudo governador quis fazê-lo seu prefeito e levou uma peia histórica das urnas, justamente para Teresa Surita, há quem acredite que Neudo não repetirá a dose lançando um empresário desconhecido dos meios político e eleitoral. Assim, Parima estaria fora das pretensões de candidaturas majoritárias de Neudo.

Político, sim
Os de Jesus, pai e filho, e o sobrinho Paulinho Linhares é que estão, hoje, mais próximos como opção de candidatura "do governo".

Tem que pagar
O deputado Abel Galinha para ser candidato do PDT terá que pagar alto para "estruturar" o partido. O presidente do PDT regional, Telmário galo velho Mota não abre mão de só lançar candidato à PMBV, não compondo com o candidato de Neudo, se Abel, repete-se, "estruturar" o PDT substancialmente com novas filiações e adequações partidárias que convençam galo velho a dar-lhe legenda.

PTB à mão
Uma saída para Abel é aproveitar a janela partidária que já foi aprovada na Câmara dos Deputados e que deverá ser aberta até fim de setembro, restando ele a trocar de partido. O PTB regional que não tem nenhum político com mandato na Câmara é uma opção.

O povo não vota em ingrata
No PSDB, pelo desgaste que a deputada Shéridan... vem sofrendo pela forma ingrata em não reconhecer que só se elegeu deputada federal porque o ex-marido José de Anchieta, como governador, colocou toda o governo à disposição da sua secretaria para que realizasse todos os programas sociais do governo e assim capitalizasse os dividendos políticos e eleitorais, tem feito correligionários de Anchieta a aconselhá-lo a ser ele o nome do partido à Prefeitura de Boa Vista.

Nem em traidora
Nada garante que até a campanha do ano que vem, Shéridan.. de evangélica praticante, fiel e temente, mas vista como ingrata pela declarações que deu, passe a ter outra pecha, a de traidora.
E em Roraima, pelo o que ela todos os dias vê nas postagens da sua própria assessoria, baixarias rolam mais que soltas. 

Mais conselhos
Para Anchieta, que depois de tantos conselhos e alertas para não renunciar o governo e depois para não bater chapa com Luciano Castro, levou uma peia também histórica ficando em terceiro lugar para o Senado, ser candidato à PMBV soa, na pior das hipóteses, como meio de oxigenar o seu nome visando as eleições de 2018, que, segundo ele próprio em gravação distribuída pelo Whatsap, pedia apoio do povo para que ele voltasse a governar Roraima.

Vitrine e palanque
Anchieta não ouviu os alertas sobre o histórico de ex-governadores que disputam eleição assim que saem do mandato, com as esposas candidatas à Câmara Federal. Romero Jucá em 1990; Neudo Campos em 2002 e Flamarion Portela em 2006, perderam eleição e suas mulheres foram eleitas. Mas ano que vem, se Anchieta ouvir os amigos, e assim repetir novamente o que Neudo fez em 2004, que tentou a PMBV mesmo depois de ter sido preso pela Polícia Federal acusado de roubo de dinheiro público.
Na pior das hipóteses, repete-se, Anchieta terá vitrine e palanque para defender o que fez como governador, cobrar as promessas não cumpridas pela dupla Neudo e Suely, além de apresentar as suas propostas para Boa Vista.

O problema
O problema que tanto Abel Galinha como o PSDB encontrarão é o de compor uma coligação. Boa parte dos partidos deverá seguir com o PMDB de Romero Jucá e Teresa Surita, e outra com Neudo e Suely. Abel e Anchieta terá que dividir o resto que sobrar.

Atolou o pé
Sempre cauteloso e polido em suas declarações, o vereador Léo Rodrigues saiu do tom semana passada ao fazer acusação grave porém sem apresentar prova alguma contra o marido da prefeita Teresa Surita, Marcelo Guimarães, de que ele interferiu em resultados de licitações feitas pela PMBV.
Léo ainda foi além chamando Guimarães de “paraquedista, bandido e vagabundo”.

Retratação
Tirando a acusação de "paraquedista", que pode ser até aliviada, as de "bandido e vagabundo" cobram imediata comprovação, isso, se for ajuizado alguma coisa na Justiça. E vereador não tem como deputado a tal imunidade parlamentar, ainda mais em casos que extrapolam a questão política e passam para as de ofensas pessoais.
Léo tem sido aconselhado a se retratar e voltar a seguir a linha do tio Chico Rodrigues, sempre manso e cauteloso.

Mais delações
Não é difícil imaginar que figurões ligados ao PT chegaram com Delúbio Soares, que era o tesoureiro e arrecadador do partido no esquema do Mensalão, e prometeram amparar a família dele, e deixá-lo bem de vida desde que não abrisse o bico. Delúbio tinha acesso livre com José Dirceu, José Genoíno e Lula. E o que vimos é que Delúbio não falou nada que comprometesse o PT e Lula.
Agora, na Lava Jato, como se promete amparo e melhoria de vida para gente como Ricardo Pesoa e Marcelo Odebrech, milionários, e suas famílias muito mais que amparadas, em troca de silêncio, sem aderirem à delação premiada?

Está para abrir o bico
Presidente da Odebrecht, empreiteira que mais ganhou contratos do governo na era PT, o bilionário Marcelo Odebrecht não aguenta mais as condições de sua prisão. Segundo fontes próximas à Lava Jato, Marcelo oscila entre “demonstrações de nervosismo e abatimento” na cela na Polícia Federal, em Curitiba. As condições são ruins: nas primeiras noites, ele teve de dormir no corredor da carceragem em razão da superlotação.
   

Ameaças
O pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, que já presidiu a empreiteira, não pára de fazer ameaças à cúpula do governo e ao ex-presidente Lula. Foi Emílio quem declarou, após a prisão do filho, que “vão precisar de mais três celas: uma para mim, uma para o Lula e outra para Dilma.
   

Deu chabú, "coroné"?
E o projeto de homologação da vaselina candidatura de Rodolfo Pereira como presidente da OAB-RR deu chabú muito antes do que os adversários do "coroné" Antônio Oneildo, líder da Ordem em Roraima há 15 anos, esperavam. O obediente presidente Jorge Frac... ops, Fraxe, ou está falando sério em se candidatar novamente à presidente ou está colocando o bode na sala em troca de algum apoio para se manter obediente.

Tem que rever posicionamentos
Com a possível saída de Fraxe da chapa homologatória de Oneildo, pelo menos uns 12 gatos pintados devem acompanhá-lo. Assim, ou o "coroné" rever seus posicionamentos stalinistas-petistas, vendo o que seu então obediente presidente quer, ou não terá chapa com musculatura alguma para enfrentar a oposição silenciosa que promete fazer um "estrondo" nas urnas em novembro.

Perguntas
"O Oneildo está sem discurso. Vai pregar o quê, mudança pra melhor, se ele é que está há 15 anos desfrutando do melhor na OAB? Que irá revolucionar a Casa e atender com mais eficiência os colegas advogados, mas só agora, depois de 15 anos em que poderia ter melhorado e feito o que promete ainda fazer?", questiona um advogado ex-aliado e decepcionado com o obediente presidente e com os 15 anos de mando de "coroné".

TV ALE estreia em agosto
O presidente da Assembléia Legislativa de Roraima, Jalser Renier, anunciou em entrevista ao Roraima em Tempo, que as transmissões da TV ALE devem iniciar no dia 4 de agosto próximo. "Vamos começar funcionando em teste, para logo depois começarmos com uma grande programação. E isso para nós e para a população é muito importante, porque assim levaremos as ações do poder legislativo com muito mais transparência ao conhecimento da população. Com o início da TV ALE, vamos implantar programas para mostrar as ações que já estamos fazendo como o Assembleia Cidadã, em que estamos levando a ALE para todos os municípios do estado, para que possamos ouvir de perto os problemas da população,  e a partir daí com o orçamento participativo, através das emendas impositivas que foram aprovadas no Congresso Nacional, possamos destinar emendas para atender as suas necessidades."

Mais enxuta do país
Jalser Renier comentou as principais medidas adotadas na sua gestão e anunciou estar trabalhando para transformar a ALE "na mais enxuta do pais". "Tomamos medidas vistas por alguns colegas com certa antipatia. As exonerações também não foram bem aceitas pelos que perderam seus cargos, porém eram medidas que nós tínhamos que fazer. A nossa meta é fazer com que a ALE RR seja a ALE mais enxuta do país. Vamos continuar cortando o que for desnecessário. Vamos implantar até o mês de agosto ou setembro, o ponto eletrônico.  Isso possibilitará um maior controle dos servidores, quem realmente trabalha não terá do que reclamar. Também reduzimos verbas dos colegas deputados. Queremos mostrar para a sociedade que a ALE não é um cabide de empregos. Temos uma pesquisa, que nos mostra que 70% da população não sabe qual o papel de um deputado, a função de um deputado, meu objetivo é aproximar o poder legislativo da população."

Maior problema e a solução
"O grande problema do nosso estado é uma palavra chamada vaidade, porque cada pessoa, cada cidadão, cada instrumento público que ser reconhecido como autor dos benefícios que Roraima pode receber. Aqui tudo tem que ter um pai, uma mãe, acham que tem que ter algum responsável, algum padrinho para fazer com que esse trabalho seja de uma forma ou de outra resolvido, quando na verdade não pode ter padrinho, tem que ter uma única bandeira que é o estado de Roraima. A partir daí, estaremos preparados para enfrentar os problemas e apontar as soluções. Por isso defendo que a união (política e de governos) é essencial, entendo que essa disputa interna de poder só enfraquece a sociedade. Defendo que as disputas políticas devem ser feitas apenas na época da eleição, durante a campanha, depois disso, é enfraquecer a sociedade como um todo. É fundamental a convergência de todos em torno dos benefícios para o estado e para a nossa população", defende Jalser Renier.