Edersen Lima

Desobediência judicial
Há semanas a Coluna vem informando sequência de descumprimentos de ordens judiciais da governadora dona Suely Campos, que demitiu servidores no fim de fevereiro mas com data retroativa ao início daquele mês, depois que os servidores trabalharam. Muito mal orientada por sua assessoria, dona Sula assinou intimação judicial comunicando-lhe sobre decisão da justiça, e simplesmente não a cumpre. Depois, novamente é comunicada oficialmente sobre tal desobediência, e novamente, como se estivesse acima da lei e da ordem, não cumpre decisão judicial. Resultado disso, o ex-procurador do estado, Pedro Duque, ingressou ontem junto ao tribunal de Justiça, com pedido de intervenção federal no estado, por violação de dona Sula ao artigo 34, parágrafo VI, da Constituição brasileira, que reza intervenção federal quando o estado não cumpre decisão judicial.

Calote eleitoral
Dona Sula foi eleita jurando ao eleitor adotar um "governo do povo", um mandato contra oligaquias, com zelo ao patrimônio público, igualdade social para todos, aumento no valor do Crédito Social e melhorias para as classes de professores, segurança pública e saúde púbica.
Passados nem três meses, a governadora convive com greve dos professores, que foi uma classe que fechou quase que por completo com as promessas dela e do marido Neudo; não combateu oligarquia nenhuma porque até então não existia nenhuma em Roraima, mas, sim, criou a dela, com a parentada desvairada bem instalada nos primeiro e segundo escalões do governo; suspendeu pagamento do Crédito Social; convive com crise no sistema penitenciário, onde o primeiro sogro diz que faz e ninguém vê tal e qualquer feito; adotou a política da dispensa de licitações para tudo quanto é necessidade, ou seja, está fazendo tudo ao contrário do que prometeu em campanha.

"Não pode, Suely"
Alguém precisa informar à dona Suely que decisão judicial se cumpre. E que mesmo que ela acredite que pode estar acima da lei e da ordem, não pode não.
Isso, nos faz lembrar conversinha de dona Sula com a conselheira Cilene Salomão, especulando um cala boca no promotor que investigava fundo o roubo na Codesaima: "E se a gente desse alguma coisa pra ele (promotor)?", perguntou a então primeira dama.
"Não pode, Suely", respondeu a conselheira.
Em tempo, cabe lembrar, ainda, que a Codesaima era dirigida pelos cunhados Wilson Mulinari, marido da primeira irmã, e Luiz Florênciano, marido de Sirley, segunda irmã. Os dois foram condenados por desvio de dinheiro da estatal.

Tanto quanto trocar fraldas
E também ao contrário do que ocorria nos primeiros dias de janeiro, nas redes sociais, a turma vibradora que defendia com unhas e dentes o governo de dona Suely, hoje, opouca dá as caras. Não tem comoa rgumentar contra fatos. O nepotismo descarado e sem vergonha (ao pé da letra) de dona Sula tira o argumento de qualquer um. Aí, vem o cortejo de ações desastradas, como as comandadas pela primeira filha Daniele Campos, a Dan, que entende do ofício de uma Casa Civil, o tanto quanto entende de trocar fraldas, haja vista que ela sempre teve à sua disposição pelo menos duas babás para cuidar dos seis filhos, o governo de dona Sula perde a cada dia quem tenha cara para defendê-lo.

Cada vez pior
A pesquisa CNT/MDA quase fez Dilma cancelar a agenda da tarde de ontem. Ela ficou mais abatida que furiosa, com o levantamento indicando que quase 60% dos brasileiros querem seu impeachment, o que inclui seus eleitores, e que apenas 10,8% aprovam sua gestão.

Eleições diretas
Entidades de magistrados como AMB, Ajufe, Anamatra e Amagis-DF promovem nesta hoje, no auditório do bloco A do TJ-DFT, em Brasília, um ato público em defesa das eleições diretas no Tribunais de Justiça. Vários desembargadores confirmaram que vão ao evento.

E o que não foi descoberto?
Ficou claro claríssimo que o recadastramento feito por dona Sula no programa Minha Casa Minha Vida, coordenado pela Codesaima, foi muito do seu mal feito, tanto que um empresário consta como beneficiado do programa que pretende atender pessoas de baixa renda.
Agora, o caso do empresário o churrasquinho foi descoberto, quantos outros não podem estar no mesmo grau de irregularidade e que estão passando despercebidos?

Convocação
Pertinente a sugestão do jornalista Marcelo Ribeiro para que os deputados estaduais convoquem o catarinense João Pizzolati, secretário de Investimentos do dona Suely, para falar sobre seu árduo e profícuo trabalho.

Dispensando título