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Edersen Lima

O início do fim


O início do fim

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Brasília - Dilma Roussef, Lula e o PT não esperavam pelo tamanho das manifestações contra o governo que tocam há 12 anos. O povo, sem "bolsa-passeata" de R$ 35 que o PT bancou para manifestantes em São Paulo no fiasco de sexta-feira passada, foi à rua pedir respeito, pedir vergonha dos políticos, pedir mudanças urgentes, e até pedir para que a presidenta renuncie ou seja deposta pelo Congresso Nacional em processo de impeachiment.

Sem conotação política - aja vista que doido seria o político que quisesse tirar algum dividendo eleitoral das manifestações -, idosos, pais e mães de famílias, jovens e crianças manisfetaram que o basta à corrupção foi dado. Ou os políticos e o governo se ligam definitivamente no que a sociedade exige, ou uma crise sem prescedentes na história está aí para ser desencadeada.

Da parte de Dilma, foi vergonhoso assistir dois ministros do PT, não reconhecer falhas do próprio governo. Não fazer nenhum mea-culpa, e ainda apontar que as manifestações são de pessoas que não votaram na presidenta, como disse Miguel Rosseto, da Secretaria de Governo, mostra mais uma falha do Planalto.

Já Eduardo Cardoso (Justiça), repetiu a ladainha culpando à reforma política como responsável pelo estado de coisas, como a queda na economia do pais e pela farra de desvio de dinheiro público em que o governo e o PT estão no centro das denúncias e acusações.

O recado foi dado. Aliás, claramente dado. O que ontem Dilma, Lula e o PT se surpreenderam, pode ser só o início do fim da maior das consequências ao mal governante: a rejeição do eleitor, da sociedade e das urnas.


Panelaço
E mais um panelaço soou nas principais capitais do país, durante a "reação" do governo Dilma, com os ministros da Justiça e de Secretaria do Governo, patetando em desculpas prá lá de esfarrapadas sobre as manifestações.

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Ladainha
Nos protestos de 2013, Dilma pormeteu reforma política e medidas de combate a corrupção. Ontem, de novo Dilma, via dois ministros, prometeu reforma política e medidas de combate à corrupção.


Boa vontade
Com certa boa vontade a Polícia Militar de Roraima acha que cerca de mil pessoas compareceram ontem à manifestação na Praça do Centro Cívico em protesto contra o governo Dilma. As fotos que circularam nas redes sociais não mostram nada disso.

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Politicagem
Uma razão simples para o número pequeno de manifestantes contra o governo Dilma em Boa Vista pode estar no fato da conotação política com que o evento foi visto. Os organizadores têm participação partidária ativa assessorando políticos, mantendo negócios com políticos e outros chegando até a concorrer a cargos eletivos, daí...


O tempo é senhor da razão
Quem duvida de que o "protesto" de ontem no Centro Cívico será usado como mola política de futuros candidatos, é só aguardar as duas próximas eleições.


Movimento frago
Quem lamentou também o número pequeno de manifestantes em Boa Vista foram os vendedores ambulantes. Além da pouca venda de bebidas, boa parte das pessoas levaram garrafas de água de casa, e uns, refrigerantes e cervejas em caixas de isopor nos carros.


Popularidade
Depois da suspensão do pagamento do Crédito Social, da ausência de um choque administativo nas áreas da saúde, segurança pública e educação, e mais a exposição na contratação da sua parentada, em que patamar deve estar a popularidade de dona Suely Campos?


Sugestão
\"\""Sugestão altamente válida foi postada no Facebook pelo jornalista Júnior Brasil:
"Fica aqui uma sugestão para um governo que está com fundos parcos e muito interesse na cultura e nas coisas da terra: Assim como em alguns estados ex-presídios foram transformados em espaços de cultura, criar ali naquele prédio da antiga secretaria de Segurança (abandonado e em estado de precariedade), um Centro Folclórico de Gestão Integrada. Ceder o prédio para as federações de quadrilhas e outras manifestações populares para que cada uma das agremiações tenha uma sala/espaço para expor seus figurinos, vender lembrancinhas e quitutes, etc... 
Adequar o enorme pátio interno com um palco, para ensaios e apresentações. Por sua localização privilegiada (em frente à Praça das Águas), o espaço seria dinamizado, virando mais um ponto de lazer e cultura na cidade, além de incrementar as ações culturais e artísticas das agremiações, com espaço alternativo para promoverem seus arraiais (seguindo calendário de comum acordo) apresentações, shows, ensaios, divulgação cultural e turística, entre outras benesses que o aproveitamento do prédio trariam com baixos custos (apenas reparos de telhado e pintura, reforço na rede elétrica, palco, entre outras pequenas providências). 
Governo e federações responsáveis pela manutenção, gestão e programação do novo espaço. A cultura do estados, os agentes culturais, artistas e folcloristas, mais o público (já garantido todas as noites ali na frente) agradeceria encarecidamente. 
Detalhe: o espaço ainda serviria de base de apoio para os grupos, pela proximidade com o Velia Coutinho, para onde a prefeita transferirá o Arraial Municipal (mais precisamente para aquela área onde está a pista de minicarts). Fica a dica."

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