Edersen Lima

Argumento falho
O argumento de que secretário de estado é cargo político e não administrativo, dado pelo conselheiro Marcus Hollanda, para que dona Suely Campos mantivesse a maior parte de sua parentada empregada no primeiro escalão do governo é um tanto quanto questionável.
Que é político, é, sim, o cargo de secretário, mas também não deixa de ser administrativo, pois o titular administra uma área do governo, toca programas administrativos do governo, efetua pagamentos, assina demissões, baixa ordens administrativas do setor que responde. Tudo isso não é atendido de forma política, e sim, completamente administrativa.

Nepotismo puro
Independente de ser político ou administrativo, as nomeações de filhas, irmã, sobrinhos e sogros dos filhos é sim, nepotismo, e do puro.

O que vale
Agora, interessante é que, para dona Sula, vale o que o Tribunal de Contas do Estado, órgão auxiliar da Assembléia Legislativa, diz, e não o que o MPE e MPC já recomendaram.

Dever e obrigação
Se recomendaram, é porque viram alguma irregularidade. Se há alguma irregularidade sendo praticada, é de dever e obrigação de tais órgãos fiscalizadores adotarem as medidas legais para coibir tais irregularidades, não é?

Convocação
A Prefeitura Municipal de Boa Vista está convocando 50 profissionais do cadastro reserva do concurso público da Educação, realizado no ano passado. Os candidatos aprovados devem comparecer na sede da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, localizada na Via das Flores, 1696, Pricumã, no prazo de cinco dias úteis, a contar da publicação da convocação.

Requerimentos
O deputado George Melo (PSDC) protocolou requerimento em nome do chamado Blocão – Bloco Parlamentar de 15 deputados estaduais– pedindo à Mesa Diretora que acompanhe as reservas de recursos destinados pelo Instituto de Previdência do Estado, ao pagamento da aposentadoria dos servidores públicos estaduais.
No mesmo requerimento, o parlamentar também solicitou que a Comissão de Administração, Segurança e Serviços Públicos verifique junto à Secretaria de Administração, a contratação direta de agentes financeiros para concessão de empréstimos consignados.

Mais uma
Sobre a farra das dispensas de licitação, que dona Suely Campos decretou, tam-se a das resmas de papel milionário, a das quentinhas milionárias, a dos empréstimos consignados milionários e agora da publicidade na área da Saúde, com a empresa da senhora Danadão da Anapam.

Vacinação
A Secretaria Municipal de Saúde começou esta semana a reforçar as ações de prevenção contra o HPV, vírus causador do câncer no colo do útero. A vacinação é uma continuidade da campanha iniciada no ano passado. Em 2015, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a prefeitura vai focar na vacinação de crianças com idade entre 9 a 11 anos. As vacinas estão disponíveis de graça e em todas as unidades básicas de saúde.

Mudança radical
Ontem à tarde, nos corredores do Palácio Hélio Campos o chiado dava conta sobre mais um movimento radical do homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, em rumo oposto ao do governo de dona Suely. Teria ele visitado um adversário político do casal Campos.

Típico
Mudar de rumo na sua política particular é típico de Mecias. Pra quem viu os elogios rasgados que fazia ao então governador Flamarion Portela, e em novembro de 2004, menos de 24 horas, empossou Ottomar Pinto, não dando a minima condição de Flamarion recorrer da decisão do TSE que cassou o seu mandato, vendo os rumos mudados de lá prá cá, não se surpreende mais com Mecias. Detalhe desse episódio com Falamrion, foi ele como governador deu principal apoio para o milagreiro assumisse a presidência da ALE, época em que coincidentemente começou a operar o seu famoso milagre.

Histórico
Mecias virou aliado de primeira ordem de Ottomar, e depois de Anchieta Júnior. Descontente com a aproximação de Anchieta com Romero Jucá, e achando que o acordo do qual seria candidato a vice na re-eleição de Anchieta tinha dado chabú, MEcias rompeu com o então governador. Revoltado porque o seu partido na época, o PR, não lhe deu legenda para disputar o Senado em 2010, rompeu feio com o então amigo Luciano Castro. Em 2012, com apoio de Neudo Campos, foi candidato a prefeito de Boa Vista. Em 2014, descartou Neudo e apoiou Chico Rodrigues de qem ganhou cargos no governo, e abandonou quem tinha compromisso para o Senado para apoiar, Luciano Castro, pessoa de quem ele e sua turma falaram coisas impublicáveis.
Agora, segundo comentários de ontem no Palácio Hélio Campos, Mecias vislumbra mais uma mudança radical de rumo.

Me engana que eu gosto
O ministro Dias Toffoli, que irá julgar os acusados na Lava Jato, esteve ontem com a presidente Dilma e com o ministro da Justiça, Eduardo Cardoso. Disse que não falaram sobre a operação da Polícia Federal no rombo na Petrobras.

"Pianinho" de fora
O colunista Lauro Jardim, da Veja on Line, informou sobre jantar na casa do senador Luiz Henrique, para formar um bloco de senadores independentes e acertar votar pela derrubada do veto de Dilma à correção de 6,5% na tabela de imposto de renda. Luiz Henrique convidou vários senadores, e do PDT, apenas Cristovam Buarque e Antônio Regufe, ambos do Distrito Federal e tidos como verdadeiros independentes do partido. 
Galo velho, depois daquele abraço acalorado encanguetado no pescoço do governista Renan Calheiros, não foi convidado.
Estavam lá e prometeram votar pela derrubada do veto, além de Luiz Henrique, Aloysio Nunes, Ana Amélia, João Capiberibe, Cássio Cunha Lima, Cristovam Buarque, José Antônio Reguffe, Lazier Martins, Lídice da Matta, Randolfe Rodrigues, Ricardo Ferraço e Waldemir Moka.