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Edersen Lima

Quase insignificância


Quase insignificância
\"\"Brasília - Parafraseando o ex-presidente Lula, "nunca na história desse país", um jargão serviu tanto como carapuça ao seu autor, como o de "pianinho" que foi dito pelo então candidato ao Senado, Telmário Mota, de como deixaria o agora colega Romero Jucá. "Pianinho", "perdidinho", "zonzinho" e outros "inhos" relacionados à quase insignificância de presença parecem moldar o perfil do galo velho calouro, numa rinha de gente preparada e equilibrada.

Em janeiro, no auge do recesso parlamentar, em menos de 10 dias, Telmário, "pianinho", assistiu Romero manter audiências com nove ministros de estado, tocar como o segundo homem mais importante da Casa, o Orçamento da União e amarrar convênios de ações sociais para Roraima. Assistiu Romero, como principal articulador da eleição de Renan Calheiros, vencer o pleito de lavada em cima do seu candidato, e não adiantou querer dar uma de crítico feroz. Renan eleito, galo velho foi lá dá-lhe um abraço apertado, envolto ao pescoço do presidente do Congresso, coisa meio aloprada, para não dizer outra  coisa.

Mal reiniciaram os trabalhos, e os presidentes da Câmara dos Deputaos e do Senado, indicaram Romero Jucá para ser o coordenador do programa que visa desburocratizar as questões empresariais do país, uma espécie de reforma fiscal voltada para as empresas, tem idéia da importância disso para o país, galo velho?

\"\"No seu primeiro discurso na tribuna, Telmário saiu citando Romero como responsável da situação caótica de Roraima. Desceu da tribuna e foi chamado pelos senadores do PDT, o seu partido, que lhe enquadraram avisando que no Senado, não é câmara de vereadores para discussões e acusações paroquiais, de trololós pessoais e mimimis das "marias chorosas". Senado é casa de propostas sérias e posicionamentos equilibrados, coisas que galo velho parece mesmo desconhecer.

Anteontem, à tarde, Telmario Mota viu uma grande movimentação de repórteres e políticos nos corredores do Senado. Era o ministro Pepe Vargas, das Relaões Institucionais, ministro que trata dos interesses principais do governo federal e que fala pela presidência nesses casos, se dirigir ao gabinete de Romero Jucá. O que foi lá, tratar o ministro? Pedir destinações ao Orçamento? Colocar a posição do governo sobre os trabalhos das mudanças nas regras que ditam a formação e atuação de empresas no país? Pedir apoio para que a bancada do PMDB e outros senadores que acompanham Romero, votem projetos ou quesitos de interesse da presidência? Ou, assuntar, como dizem lá no Nordeste, se Romero aceita retornar à liderânça do governo no Senado?

Sejá lá o que foi tratado na visita de Pepe Vargas a Romero Jucá. Galo velho não faz idéia do tamanho e importância do que leva um ministro próximo da presidenta Dilma ao gabinete de um senador. Não faz idéia, porque se fizesse, jamais atiraria no próprio pé, prometendo em campanha algo que lhe está caindo como uma luva: ficar "pianinho", "perdidinho", "zonzinho" e outros "inhos" relacionaos à quase insignificância.


Bocada paras as esposas
E não é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, atendeu pedido da esposa de um parlamentar roraimense, para que a Casa liberasse a compra de passagens \"\"aereas paras as mulheres de deputados?


Opinião embasada
Sobre essa bocada, o desembargador Mauro Campello (foto ao lado), tem opinião embasada: "Essa Lei é inconstitucional...fere de morte o princípio da moralidade administrativa. Não há qualquer vínculo ou relação da mulher ou marido de deputado com a administração pública a justificar o uso de verba pública. A Lei ainda se afasta do espírito Republicano."

 

Irritado
A declaração meio jocosa do secretária de Justiça, e primeiro sogro, Josué Filho, de que não há facções criminosas atuando no presídio de Roraima, irritou o deputado Coronel Chagas.  “Ou o secretário desconhece a realidade da sua pasta ou está escondendo isso da sociedade. Nenhuma dessas situações é cômoda para ele e para a sociedade”, disse o deputado que já tocou aquela pasta.
“O secretário nega isso. Fala uma coisa e depois fala outra. Com Segurança Pública não se faz jogo, tem que tratar com seriedade”, comentou Chagas.


Justiceiro
\"\"O caso do magistrado carioca que, num momento de extremo zelo, acomodou dois veículos caríssimos do empresario Eike Batista, no condomínio em mora, e depois foi flagrado digirindo o mais posante e caro deles, mostra que algumas peças da engrenagem da justiça brasileira, estão "batento pino", para usar um expressão de quem conhece problemas mecânicos em veículos.
Outro dia, uma peça ainda mais "solta", com reolver na mão, invadiu o prédio do Ministério Público de Roraima, querendo fazer justiça contra um desafeto. Exemplo pior ou igual de gravidade disso, foi o MPE se calar, num ato corporativista para qualquer denúncia contra o "justiceiro".


Perguntar não ofende:
Imagine, amigo leitor, se você ou eu, apenas levantássemos a voz no hall de entrada do prédio do MPE, o que nos aconteceria?

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