Edersen Lima

HGB na mira
Está na pauta de hoje do Conselho Nacional de Justiça a continuação do julgamento do polêmico juiz Hélder Girão Barreto, que gosta de andar armado por ai invadindo casas e outros locais para fazer justiça. A segunda maior pena do CNJ pode ser aplicada ao polêmico juiz: a remoção compulsória devido à autorização de pagamento irregular de serviços incompletos de reforma no fórum de Boa Vista sem ouvir a comissão especial criada para acompanhar a obra. Por essa irregularidade, HGB já tinha recebido condenação do Tribunal de Contas da União e sequer recorreu da punição, o que demonstra que ele reconheceu a falha.

Adeus às promoções
O CNJ apreciou relatório em que foi pedida além da remoção compulsória de Hélder para outro estado, a abertura de procedimento administrativo para apurar a relação dele com o meio causídico de Boa Vista, além de aplicação de moção de censura, que dará publicidade aos atos que praticou. A censura é uma espécie de advertência pública que será anotada na folha funcional de HGB e publicada no Diário Oficial da União. Se ocorrer estas duas sanções, o temido e altamente polêmico Hélder Girão Barreto pode dar adeus a promoções na carreira, não chegando a desembargador federal. Isso, se sua situação não piorar, pois a sua punição pode mudar para aposentadoria compulsória. 

Compreensão complacente
Não à toa, Hélder Girão Barreto é tido como perseguidor e vingativo em Roraima. Por compreensão que beira a complacência da corregedoria da Justiça Federal, HGB se livrou de outro processo no CNJ proposto por um jornalista, em que o juiz ou sofre de amnésia ou é descompensado como sugere o texto que o próprio meritíssimo escreveu, "Ele é o cara" (http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=145798) em que tenta ser engraçadinho e literato escrevendo contra o jornalista que acusa de ser sonegador de impostos; que "respeita" quem "tenha vontade de dar uma boa surra" no jornalista; e assume que o encarou com "cara feia" numa boate. O jornalista sabendo do desequilíbrio de HGB, haja vista que o juiz, segundo Boletim de Ocorrência, já invadiu portando um revolver a casa de um vizinho querendo matar o seu cão, deu as "costas como resposta", o que HGB se entregou no texto, que serviu como peça da ação que o juiz respondeu no CNJ.

Deu chabú
Quando recebeu a resposta do jornalista, Hélder tentou convencer o Ministério Público Federal a lhe defender em ação criminal contra o profissional de imprensa. Não obteve sucesso. O MPF não viu ofensa nenhuma na resposta do jornalista ao artigo chinfrim de HGB, o condenado por pagar obras inacabadas e de relações com advogados questionadas no CNJ. 

Eles podem falar
E sobre as andanças de HGB armado e invadindo locais alheios, o procurador geral de Justiça de Roraima, Fábio Stica e o seu assessor Júlio Batista, devoto de São Jorge, o santo que pegava dragão.

Declaração muito mal interpretada
Brasília - Na seara política, tirando o escândalo da Petrobras, que a cada dia chega mais perto de Dilma e Lula, a semana passada foi marcada pela declaração mal interpretada do deputado Jair Bolsonaro em que afirma que a deputada Maria do Rosário, "não merece ser estuprada". 

Houve todo um levante contra Bolsonaro que, ao pé da letra, não ofendeu ninguém. pelo contrário, foi de uma gentiliza e reconhecimento natural à deputada que, como toda mulher, não merece ser estuprada. Ofensa ou de muito mal gosto seria alguém desejar, torcer e declarar que uma parlamentar, médica, profesora ou qualquer outra profissional ou não merecesse ser estuprada.

O papel de vítima que Maria do Rosário ainda continua interpretando é de uma canastrice sem igual. Logo ela que já defendeu direta e indiretamente menores de idade que praticaram mais que estupros. Roubaran, agrediram e mataram trabalhadores e outros menores. Em alguns crimes, com requintes de crueldade que se põe duvida se o crime foi cometido por um ser humano dotado de inteligência e emoção.

É de se questionar aonde estava Maria do Rosário quando o Ministério Público denunciou Eduardo Gaievski, ex-assessor da ministra Gleisi Hoffmann, sua colega de partido, o PT, acusado de cometer 38 crimes sexuais: 26 estupros de menores e 17 estupros de vulnerável. Eduardo Gaievski foi preso em flagrante quando seguia com duas mães de vítimas para um cartório para mudar os depoimentos e inocentá-lo. Tanto Gleisi quanto Rosário nada falaram sobre o caso.

E o que Maria do Rosário falou sobre o professor de filosofia Paulo Ghiraldelli que no Twitter desejou à jornalista Rachel Sheherazade:
"MEUS VOTOS PARA 2014: que a Rachel Sheherazade seja estuprada. VOTOS PARA 2014: que a Rachel Sherazedo abrace bem forte, após ser estuprada, um tamanduá."

Aí, porque Jair Bolsonaro disse que Maria do Rosário "não merece ser estuprada", o mundo quase cai? Então, o certo seria ele declarar que ela merece tal violência? Precisa-se ir muito longe para se notar que tudo não passou de uma declaração muito mal interpretada?

Posteridade

Pela primeira vez, a avenida Izídio Galdino, que vai do
bairro  Senador Hélio Campos até o Conjunto Cidadão,
recebe a decoração de Natal.