Edersen Lima

Não trabalhou, não recebe
Brasília - Quando um trabalhador, seja da iniciativa privada ou do serviço público, falta um dia de trabalho, esse dia é descontado na sua folha de pagamento. Normal. Não trabalhou, não ganha. Porém, o que vale para o trabalhador, contribuinte que paga os impostos do país, portanto, o salário de vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e do presidente da República, não vale para tais ilustres figuras.

Da Assembléia Legislativa de Roraima ao Congresso Nacional, a cada dois anos é baixado o "receso branco", isso porque, os digníssimos parlamentares estão em campanha, não trabalham, mas continuam com salários e vantagens todo fim de mês integralmente depositados em suas contas bancárias.

Pelo visto, antes de qualquer promessa de empenho por melhor saúde, educação e geração de empregos por exemplo, o político brasileiro deveria tomar vergonha na cara e passar adotar direitos iguais passando a valer para si, o que vale para todo trabalhador: não trabalhou, não recebe.

Quem paga a conta?
A Câmara e o Senado custarão mais de R$ 8,7 bilhões, em 2014, mas trabalham tão pouco que deveriam indenizar os contribuintes que os sustentam: os dias de fato trabalhados nas duas casas não chegarão à metade dos 365 dias do ano – em razão dos recessos, oficiais ou “brancos”, Copa e eleições. Os políticos não aparecem para trabalhar, mas recebem os salários de R$ 26.723,13 rigorosamente em dia.

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Engodo
Há um engodo correndo solto no palácio Hélio Campos: o de que "aonde Anchieta (Júnior) está bem, o Chico (Rodrigue) está bem. Enqanto que aonde o Luciano (Castro) está bem, o Chico nem tanto". E os que raciocinam lento, embarcam como se um candidato fosse a redenção e o outro, a condenação do governador.

Nada disso. Por que é claro que aonde Anchieta estiver bem, Chico estará também bem, porque Chico cada vez mais faz questão de mostrar que o seu governo, é o governo de continuidade de Anchieta. Basta ver que os mesmos problemas com a saúde pública, com o sistema prisional, insegurança nas ruas e desleixo com a educação, continuam, persistem apesar daquela decretação de emergência feitas assim que Rodrigue assumiu. 

Quem vota em Anchieta não vota em Suely Campos, em Angela Portela. Igualmente, quem vota em Suely e em Angela não vota em Anchieta. Bem diferente disso, Luciano tem votos tanto na seara de Angela que não é totalmente fechado com Telmário Mota, quanto na de Suely, que também não é totalmente fechada com Mozarildo Cavalcanti. Luciano não sofre o antagonismo que Anchieta sofre em outros grupos políticos. 

Não à toa, os que bancam esse engodo de Anchieta bom, Chico idem, nada falam que, a rejeição à Anchieta, a maior entre os candidaos ao Senado, é proporcional em relação à Chico Rodrigue, que também tem maior rejeição entre os que disputam o governo.

O mais engraçado desse engodo todo, é que Chico Rodrigue foi o primeiro a embarcar nele.
 

Da carismáica série "Flagrantes da campanha"...

Márcio Junqueira e a gurizada cativada.