Edersen Lima

O que lhe aconteceria?
Brasília - Imagine amigo leitor o que aconteceria se um cidadão comum, pagador de impostos, chegasse na sede da Procuradoria de Justiça do Estado, que é o prédio do Ministério Público Estadual, e se exaltasse na entrada, se queixando de algo, fazendo reclamações em voz alta? Com certeza, esse cidadão seria, no mínimo, autuado por desacato ou até mesmo preso por pertubar local de trabalho. A Lei que proíbe tal situação estaria ali sendo simplesmente cumprida.

No entando, o que serve e vale ao cidadão comum, sendo ele médico, professor, jornalista ou qualquer outra profissão, não serve e vale para quem não só por exigência da profissão mas pelo sentido de educação, equilíbrio e  controle emocionais, não pode e muito menos deve se exaltar em um recinto público: Um juiz de Direito.

Terça-feira, 2, um magistrado tentou entrar armado no prédio do MPE. Queria, pelo o que ocorreu, "fazer" justiça pelas próprias mãos. O suposto motivo de tão tresloucado ato, é dispensável de sequer ventilar aqui nesta página. Até porque, não há motivo no mundo, principalmente, no mundo em que vivem magistrados, promotores e advogados para que se ande armado com intuito de usar a arma para fazer a "sua" justiça.

Independente do que lhe tenha contrariado, jamais, em hipótese alguma, um magistrado sequer pode ou deve se imaginar em tal situação. E agora, como a sociedade pode se sentir segura e amparada nas mãos de quem mistura comportamento e ações de um juiz com as de um justiceiro?

Mas o que vemos de pior, não é apenas a tresloucada atitude misturada ao sentimento de poder absoluto de quem armado se sentiu no direito de fazer "sua" justiça, e sim, o meio jurídico, em que profissionais pagos com dinheiro do cidadão comum para fazer cumprir a Lei, se calam, proibem servidores que comentem a tragédia que quase ocorreu, e colocam panos quentes em cima do caso como se nada tivesse ocorrido. O que aconteceria com você, cidadão de bem, contribuinte, se ao menos se exaltasse na entrada do prédio do MPE?

No Facebook:
"Telmario Mota, em sua propaganda eleitoral diz que é "contabilista e economista, especialista em auditorias no setor público e privado, e que sabe encontrar os rastros da corrupção". 
Se é tudo isso, por que ele não encontrou os "rastros da corrupção" dentro de sua própria casa?
Sua esposa, a ex deputada estadual Dra. Suzete Mota, foi presa e condenada a prisão em regime semi aberto junto com Neudo Campos no famoso escândalo dos gafanhotos.
Dá para acreditar que Telmario, que vive denunciando e criticando tudo e a todos de cima do seu carro de som, não sabia do envolvimento de sua esposa no esquema que levou da folha de pagamento dos servidores do estado cerca de R$ 500 milhões de reais?
Só se engana com esse sujeito quem quer!" Marcelo Ribeiro