- 16 de julho de 2025
Só poderia dar em vaia
Amadorismo puro misturado com insensatez querer reunir estudantes de escolas públicas, a maioria menor de idade, para tratar de assuntos de política e eleição com a participação de candidatos. Até as pedras soltas e desgastadas do Beiral sabem que o resultado só seria um: vaia.
Lembra disso, Anchieta?
A situação acima também serve para candidato que sai fazendo arrastão ou participa de reuniões e ele próprio, sem conhecer a pessoa, pede para colocar o seu boton adesivo. O risco de levar um "não" é grande, ainda mais quando sua popularidade está em baixa. Esse foi o caso do candidato José de Anchieta, em uma reunião no Malocão da Codesaima na semana passada. Ele chegou sorrindente junto a uma servidora e perguntou: "Posso colocar o meu boton?"
Como resposta, ouviu um sonoro e seco "NÃO". Ele ainda insistiu, perguntando "por quê?". E ouviu: "Porque não quero".
Lembra disso, Anchieta?
Duas sugestões
E ainda falando em Anchieta, assim como todos os dias provavelmente reflete se deveria ter ou não deixado o governo, diante das reclamações que faz por não ser o único candidato ao Senado da base governista, ele deve refletir também sobre duas sugestões que lhe foram feitas durante um almoço aqui em Brasília, em abril logo após renunciar, por quem mais o alertou para a realidade que hoje vive: a de não ser candidato único do governo ao Senado.
A primeira
A primeira sugestão foi a de convencer a mulher Shéridan de Anchieta a concorrer à deputada estadual, e assim abrir mais espaço para que Luciano Castro concorresse à re-eleição para a Câmara dos Deputados. Dessa forma, Luciano não concorreria com ele.
A segunda
A segunda sugestão, foi para que ele próprio, Anchieta, a exemplo de outros ex-governadores como Jáder Barbalho (PA), Antônio Fleury (SP), Miguel Arraes (PE), Ronaldo Cunha Lima (PR), Eduardo Azeredo (MG), Antony Garotinho (RJ), Alceu Colares (RS) e outros, disputasse, então a Câmara, porém, exigindo o mesmo "apoio estrutural" que ele, quando governador, no fim do seu governo, deu para o homem do milagre da multipicação dos bens, Mecias de Jesus, para virar governista, mas que pegou o "apoio" e está jogando-o todinho na campanha dele, do filho Jonatan e de Luciano Castro.
Foi alertado
Anchieta foi alertado que Luciano Castro não iria desistir de concorrer ao Senado. Foi lembrado que Shéridan, vivia dizendo que "se a minha candidatura for pra prejudicar a do Júnior (Anchieta), eu abro mão dela. A prioridade é elegê-lo", então ela não se importaria de concorrer a estadual e assim abrir espaço maior para Luciano e a bancada para a Câmara. Porém, resolveu pagar pra ver.
Agora, o ex-governador está vendo, e pela ação de seus aliados, que mais parecem cães raivosas babando e rosnando nas redes sociais, está refletindo por mais um alerta feito por um amigo, que ele não quis ouvir.
Agora é tarde
Não vai ser partindo agressivamente como está partindo para cima de Luciano Castro, de Chico Rodrigue e de Romero Jucá através de seu pessoal nas redes sociais que Anchieta vai melhorar sua situação. Facebook, Whatssap, Twiter e outras redes sociais não têm poder de mudar o voto de quem já está decidido. Pelo contrário, se feita de forma aloprada, qualquer campanha pode ser um tiro no pé justamente pela forma com que são colocadas acusações e críticas. Não se impõe opinião própria de forma agressiva, e sim, de maneira com que faça o cidadão refletir se concorda ou não com o que lhe é posto.
O que essa galera que apóia Anchieta vem fazendo é simplesmente criar um sentimento de repulsa, pois para se criticar ou denunciar, não precisa ser apelativo, agressivo, e para quem conhece a realidade dos fatos, difamatório.
Anchieta tem que refletir que tudo isso que está vivendo hoje, ele, de forma pública, foi alertado durante três anos. Foi não foi, Anchieta?