- 16 de julho de 2025
Reunião
Faltando um mês para deixar o governo, o então governador Anchieta Júnior se reuniu na então residência oficial no Conjunto dos Executivos, com o senador Romero Jucá e com seu então vice governador Chico Rodrigue. E colocou na mesa as condições para deixar o governo oportunizando Rodrigue virar governador e Romero indicar o filho Rodrigo a vice na chapa governista.
Sonhos
"Romero, tú tens o sonho de fazer teu filho governador. Mas para isso, o Chico precisa realizar o sonho dele de ser governador e poder concorrer à re-eleição. Mas para isso tudo, para realizar o sonho de vocês dois, eu preciso ter garantias de que também vou realizar o meu sonho, que é deixar o governo e ser senador com apoio de vocês", analisou Anchieta.
Acordo fechado
"Então, pra isso (todos realizarem seus respectivos sonhos), eu preciso da palavra de vocês. Vocês me dão a palavra de que vão me apoiar?", perguntou Anchieta, que recebeu como resposta, palavras de "lógico", "claro", "sem dúvida", "pode ter certeza" e por aí foi...
Ninguém mais
A reunião em que a chapa majoritária com candidatos fechados a governo, a vice e ao Senado foi decidida alí, há um mês de Anchieta renunciar sem ouvir mais ninguém. Sem ouvir nenhum outro aliado ou partido político, como o presidente da Assembléia Legislativa, Chico Guerra, aliado de primeira hora de Anchieta, Romero e Chico Rodrigue. Sem ouvir o líder do Grupo dos Sete, Jalser Renier. Sem ouvir o líder do governo na ALE, George Melo. Sem ouvir a prefeita Teresa Surita, líder política inconteste. Sem ouvir O deputado Luciano Castro, recordista de mandatos na esfera federal e líder do PR. Ou seja, Anchieta, Romero e Rodrigue não ouviram mais ninguém. Decidiram por todos da bancada governista.
Deu chabú
Tirando Anchieta, Romero e Rodrigue, todos membros da bancada governista reclamaram não terem sido ao menos convidados para tal reunião. E um deles, Luciano Castro, entendeu que, não participando da reunião, não teve como colocar sua posição, e lançou-se também candidato ao Senado, que Anchieta reivindica para sí exclusividade de apoio de Chico e Romero.
Traidor do quê?
Um grupo de simpatizantes da candidatura de Anchieta, com conhecimento dele ou não, passou atacar Luciano Castro nas redes sociais de "traidor". Mas como traidor se Luciano não participou de decisão alguma para que pudesse voltar atrás e então trair alguém?
Apoios trocados
As "cães" raivosas de Anchieta que acusam Luciano de tudo nas redes sociais o creditam como traidor porque Anchieta o apoiou em 2008 a Prefeito de Boa Vista. Mas quem Luciano apoiou no primeiro e segundo turnos em 2010?
E se analisarmos, Luciano se re-elegeu deputado federal no primeiro turno. Se não tivesse apoiado de novo Anchieta no segundo turno, que venceu por menos de 1.800 votos, com certeza, as cães raivosas hoje não estariam nem latindo quanto mais rosnando. Sim, sem o apoio de Luciano, como o apoio do próprio Telmário galo velho Mota, que pulou do barco de Neudo Campos em troca de cargos no governo, Anchieta não teria vencido aquela eleição justamente pelo placar tão reduzido que foi, o menor do país. E assim, Luciano pagou ou não pagou o apoio recebido em 2008?
Foi alertado
Na realidade, Anchieta não tem do que reclamar. Desde fevereiro de 2011 que ele passou a ser alertado para o que hoje está acontecendo: que Chico Rodrigue teria mais que um candidato ao Senado. Inúmeros apelos para que ele ficasse no cargo lhe foram feitos, todos, alegando o que hoje está lhe acontecendo. Portanto, não foi por falta de aviso que Anchieta vive o que está vivendo.
Perguntinha:
E sendo Anchieta candidato, recusaria apoio de alguém? Dispensaria um alinhamento de um partido como o PR e de um deputado federal de seis mandatos consecutivos?
Não se esconde, Telmário
A Justiça roraimense tem tido muito trabalho para intimar o defensor de rinhas de galo e candidato a senador, Telmário Mota (PDT). Morando em uma fazenda há 20 quilômetros do centro de Boa Vista, Telmário vive dizendo nas redes sociais que tanto pode ser encontrado na sede do seu partido na avenida Mário Homem de Melo, como na casa de sua sogra, na rua Ajuricaba, ocorre que oficiais de justiça, mesmo com o carro que Telmário usa estacionado em frente aos dois locais, são informados que, "ele não se encontra".
Falta de confiança
Telmário é réu em pelo menos cinco ações judiciais por danos morais e ameaças de agressão física, porém, apesar de ter conhecimento de tais ações, inclusive as comentando nas redes sociais, evita a todo custo ser intimado. Como candidato ao Senado que foge da Justiça, é por demais estranho ao eleitor depositar confiança em tal representante.
Falha humana
Fim de semana atípico em Roraima, pelo menos cinco pessoas morreram em acidentes de trânsito em Boa Vista, Rorainópolis e Amajari. Em todos os casos registrados, ficou claro que houve falha humana.
"No caso das mortes em área urbana, o Detran não consegue fiscalizar cada rua e cada condutor ao mesmo tempo. Precisamos da consciência de todos”, lamentou o diretor do Detran, Edgilson Dantas.
Ratada
O presidente da OAB-RR, Jorge Fraxe, cometeu erro crasso ontem ao divulgar nota oficial (acima) parabenizando os colegas advogados pelo "DIA da Justiça". ocorre que ontem, 11 de agosto foi o Dia do Advogado. O Dia da Justiça é 8 de dezembro.
Por fora
A "ratada" foi logo creditada por alguns advogados como sendo reflexo dos anos que Jorge Fraxe passou sem a militância de fóruns.
"Gafanhota social"?
A veterana colunista social, Shirley Rodrigues (Shyrlayne de Fátima Rodrigues Santos), está indignada. O motivo são as maledicências de algumas pessoas que nas redes sociais a estão chamando de "gafanhota social" por ela só ser vista na Assembléia Legislativa de Roraima, quando em visita a algum gabinete.
Para quem não sabe, Shirley Rodrigues é servidora da ALE desde o dia 1º de setembro de 2003, lotada na Diretoria de Comunicação Social, conforme lista de servidores comissionados da Casa.
O trabalho que Shirley desenvolve há 11 anos, no entanto, é mistério, pois como está circulando nas redes sociais, ela raramente é vista no prédio da Assembléia, quanto mais, na sala da Comunicação Social.
Resposta pergunta
"Ôxe, e ela trabalha aqui?", respondeu perguntando um servidor do setor que verdadeiramente trabalha há quase 10 anos na Comunicação Social da ALE.
Só R$ 3 mil
O cargo que Shirley Rodrigues "trabalha" é o de assistente parlamentar nível três, com salário em torno de R$ 3 mil. Para alguns, pouco, diante de tanta responsabilidade e competência desempenhadas alí, todos os dias ao longo de 11 anos, por ela.