- 18 de julho de 2025
Dá pra por fé?
Brasília - Em entrevista ao "draga news", o deputado Luciano Castro disse que não pensa em disputar o Senado. Por um lado, é verdade, ele pensa é em ser vice de Chico Rodrigue. Por outro, não descarta que "se algum fato novo" ocorrer, baterá chapa com José de Anchieta.
Mas se o amigo leitor se basear no que afirmam os políticos de Roraima, não se deve levar muito em conta afirmação de Luciano, que na mesma entrevista ao "jornal do dragagem", afirma que pode se candidatar a outro cargo. Para colaborar com que digo, veja só o que foi manchete no mesmo espaço há pouco mais de um mês, em 5 de fevereiro passado: "Deputados Mecias e Luciano negam aproximação política".
Nessa matéria, um momento de pura piada do milagreiro do lavrado: “Esse tipo de decisão (fechar acordo político com Luciano) depende de um grupo. Faço parte da bancada de Oposição ao Governo na Assembléia Legislativa, e esse grupo está coeso. Todos têm vez e voto nesta questão", quem, tú, homem do milagre da multiplicação dos bens, ouviu na Oposição ou quando foi que tu discutiu isso com alguém de lá?
Há um ano, também no "draga news" em 4 de abril de 2013, a manchete foi "Mecias desmente aproximação com Anchieta", disse na reportagem: "Este boato é fomentado por aqueles que são assassinos da verdade. Não tive nenhuma conversa com ele desde 2010 e nem pretendo ter. Essa é minha linha de conduta até o fim do meu mandato". E responsabilizou diretamente Anchieta de causar o caos no estado: "O que vem sendo feito com o orçamento do estado? Para onde vai tanto dinheiro, se a educação esta precária, a saúde esta em péssimas condições?”, questionou.
Então, dá pra por fé nas coisas que afirmam os políticos de Roraima?
Sem sentido
Tem qualquer sentido esse reatamento de amizade e de parceria política entre Luciano Castro e Mecias de Jesus, onde Luciano é concorrente do filho de Mecias ao mesmo cargo? Quando é que um pai vai deixar de trabalhar pela re-eleição do filho para re-eleger um amigo que já considerou pelos quatro cantos do estado como traidor?
Claro e cristalino
Só teria sentido se, Jonatan for carta fora do baralho não disputando mais a eleição, ou, se a parceria for naturalmente Mecias para presidência da Assembléia Legislativa, Jonatan para re-eleição à Câmara dos Deútados e Luciano ao Senado ou a vice de Chico Rodrigue.
É esperar pra ver
Pela quantidade de mandatos de deputado federal e serviços prestados a Roraima, e mas tendo o controle de um partido forte como PR, Luciano Castro tem todo o direito de pleitear se candidato ao Senado e a vice. Ocorre que dentro da base governista as coisas já estão arrumadas, e realmente, "só um fato novo" para mudar isso. Caso contrário, babáu reatamento de amizade, é esperar pra ver.
Semana que vem
Uma negociação com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, durante a votação da proposta que prorrogou os benefícios da Zona Franca de Manaus até 2073, deixou a bancada do Amapá e Roraima esperançosa. É o que afirmou ontem o deputado federal Raul Lima ao anunciar que na próxima quarta-feira, 26 de março, pode ser votado o segundo turno da PEC 111/2011 que permite o enquadramento de servidores dos ex-territórios de Amapá e Roraima nos quadros da União se estivessem em exercício no período entre a criação dos estados e sua efetiva instalação.
Falta prestígio?
Desde 2004 o bom de pratos requintados e hoteís cinco estrelas do Senado, Mozarildo Cavalcanti "trabalha" pela criação do Colégio Militar de Roraima. Ele apresentou projeto mas o mesmo está parado há anos sem gerar interesse para sua votação na Câmara dos Deputados.
Saudade
Com a eleição de Elaine Bianchi como desembaradora do Tribunal de Justiça de Roraima, os alunos do curso de Direito da Faculdade Cathedral poderão, enfim, matar a saudade de um professor ausente das salas de aula.
Condenado
O tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira foi condenado nesta sexta-feira (21) a 36 anos de prisão acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em 2011. Cláudio Luiz, que à época do crime era comandante do 7º Batalhão da PM, em São Gonçalo, município vizinho de Niterói, onde a juíza Patrícia trabalhava.
Enquanto isso...