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Edersen Lima

É esperar muito


É esperar muito
\"\"Brasília - Com intuito de desmerecer o projeto de Lei que trata como crime hediondo ações terroristas, de autoria do senador Romero Jucá, o jornal do professor da Dragagem e seus "getúlios" publicaram ontem: "Quem assistiu aos telejornais da Globo nas duas últimas semanas, não conseguia entender a campanha diária na tentativa de acusar, prender e condenar os dois rapazes responsáveis por lançar um rojão que matou um cinegrafista da Band, uma concorrente que até então jamais era citada em suas entrevistas", e "a aprovação deste projeto teve um pretexto: a ação dos dois rapazes, que pertencem ao movimento radical “Black blocs”, que culminou na morte do cinegrafista Santiago Andrade da TV Bandeirantes."

 

Peraí, dois deliquentes (sim, quem faz o que esses dois fizeram no mínimo são deliquentes) vão protestar com rojões em punho, disparando-os a esmo, ou seja, para atingir quem atingisse, fossem policiais, mulheres, crianças e trabalhadores (no caso o cinegrafista da TV Bandeirantes), e mais, com histórico desses protestos com atos de vandalismo e depredação de patrimônios públicos e privados, é "campanha" injusta para "acusar, prender e condenar os dois rapazes"?

 

Depois do que fizeram, tais deliquentes ou "rapazes" como publicou o "draga news", necessitam de qualquer "campanha" para sofrerem na Justiça pelos seus atos? Quem acende um morteiro como aquele está ou não assumindo o risco de atingir e matar outra pessoa? Se um sujeito vai para o alto de um edifício e de lá começa a jogar pedras nos transeuntes, havendo um cadáver, está ou não caracterizado um crime de homicídio doloso? Há justificativa para o que os dois "rapazes" fizeram? Aonde está no comentário do jornal do Dragagem o absurdo da ação e do crime, ou não houve perda, morte e crime alí? As respostas são mais que evidentes.

 

As leis são criadas ora ao sabor do avanço das sociedades, ora no calor dos acontecimentos. Com tantos registros de violência contra a mulher, foi que se criaram delegacias e leis. Os crimes na Internet compõem outro exemplo. E mais atrás, os crimes de colarinho branco, peculato e desvio de dinheiro público que já \"\"condenaram muitos bandidos disfarçados de homens de bem, probos.

 

Cabe bem informar ao "draga news" que o projeto que trata de ações terroristas no país ainda não foi "aprovado", como publicado em sua coluna principal, e que, indiferente ao que o jornal prega ou não, qualquer morte gerada em atos criminosos é sim merecedora de punição da Lei, ou da criação de uma específica para o crime cometido. E é o que propõe o projeto de Romero Jucá.

 

Lamenta-se que, por questão política, o "jornal do Dragagem" queira classificar de oportunista um projeto de Lei originado também da morte de um profissional de imprensa que estava trabalhando e que serve como resposta à sua família e à toda classe jornalística, mas isso é esperar muito de quem em suas páginas já publicou até nota de desagravo contra seus profissionais.

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