- 26 de novembro de 2024
Roraima é um prato cheio para intervenção federal
Pegue um estado com fortes indícios de corrupção e roubo de dinheiro público na Secretária de Saúde, em que o governador mantém o mesmo esquema gerencial nela, onde bebês e adultos estão morrendo por falta de medicamentos, por sujeira nos hospitais e por falta de de cirurgias. Um governador que apoia escancaradamente o garimpo e se lixa para as comunidades indígenas.
Coloque aí três senadores bolsonaristas em que um, condenado da justiça federal acusado de roubo de dinheiro público, e acusado de montar esquema de desvio de dinheiro para a saúde dos yanomami, que causou mortes de crianças e adultos indígenas, acha que tem moral para esculachar o presidente.
Some aí, um outro senador, esse flagrado com R$ 33 mil na cueca depois de mentir que nem bandido para a polícia, e que se tornou dono de patrimônio de mais de R$ 30 milhões desviando emendas suas como deputado federal para suas empresas.
E pegue o terceiro senador que pensa que está na corte de Luis XV, como muita pompa e muito glamour.
Misture isso com uma classe política, representada na Assembleia Legislativa, apoiadora do garimpo, que não liga para desmatamento, não liga para mortes de índios e usa as denúncias contra a saúde pública como moeda política.
E o que temos, é Roraima como um prato cheio para intervenção do governo federal. Governo esse que não teve nem 30% dos votos no estado, ou seja, trocar senadores seria ótimo já que os três são bolsonaristas.
O caso dos yanomami que morreram por causa do dinheiro desviado no Dsei que era controlado por indicações do senador condenado acusado de roubo de dinheiro público e que esculhamba Lula, é combustível para que o governo intervenha acusando o estado de conivência com genócídio de um povo, já que Antônio Denarium é aliado de Mecias de Jesus, o "dono do Dsei Yanomami".
Chico Rodrigues, o que escondeu dinheiro na cueca e mentiu feito bandido para a Polícia Federal, é suspeito de ter usado estrutura da Aeronáutica para ir ao garimpo conversar com garimpeiros que poderiam apontar o envolvimento de um irmão seu no comércio de máquinas e insumos para esse crime ambiental.
Lord Hiran, é bolsonarista disposto a atrapalhar o governo de Lula. Os deputados estaduais, também, são bolsonaristas e apoiam crimes ambientais, se lixam se índios estão morrendo porque gente colocada pelo senador milagreiro nos Dseis desviaram dinheiro e até vacinas em troca de ouro. O governador, publicamente, se referiu aos yanomami como quem "vivem que nem bichos".
Então, argumentos e motivos sobram para uma intervenção federal em Roraima. Pela responsabilidade criminosa de parte da classe política, pelas centenas de mortes de índios, pelo desvio de dinheiro para a saúde deles, pelo desmatamento que destrói matas e envenena rios, e pelo interesse de Lula em dar uma satisfação à comunidade internacional.