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PÃO E CIRCO

Festa de Denarium e remédios faltando


Dinheiro pra festa tem, mas para creches, escolas e medicamentos, não
Por baixo, Antônio Denarium gastou R$ 8 milhões do bolso do contribuinte para promover a Expoferr, como se no interior, nas vicinais onde se encontram a maiora dos produtores rurais não houvesse estradas intrafegáveis e pontes caindo aos pedaços.

Só em shows com bandas nacionais, Denarium tirou do contribuinte R$ 2.430.000. Vai ser legal e muito emocionante quem foi à Expoffer, na hora do aperto no HGR sem remédios, sem UTI e sem saber quando será operado, ouvir Zezé de Camargo, ou Luan Santana ou os Barões da Pisadinha. Vai ser curado assim.

Cuidar da saúde pra quê se Denarium dá cestas básicas, seus aliados dão uma ajudinha providencial ao eleitor, e tem a Expoffer aí "top", "show" pra compensar de boa?

Ou seja, o que povo demonstra aceitar e preferir é o velho "pão e circo".

Um sociologo professor da UFRR me disse que os governantes de Roraima aproveitam o fato de que o povo é acostumado a não ter saúde digna, acostumado a morar mal em locais desassistidos, acostumado a ver o vizinho perder pai, mãe, irmão no hospital por falta de remédios e cirurgia, mas "se sente valorizado quando recebe uma cesta básica e poder assistir um show do seu cantor estimado".

A fatura social de um mal governo é paga assim da forma mais crua da política, que é o "pão e circo". Se houvesse consciência, vereadores, deputados e senadores teriam se manifestados contra esse péssimo uso de dinheiro público. E o povo, consciente, não aceitaria ser tapeado com shows que não salvam e nem melhoram a vida de ninguém. 

Com R$ 8 milhões, Denarium construiria creches e escolas; compraria remédios e realizaria cirurgias beneficiando, de verdade, quem mais precisa de educação e saúde, e não de ouvir cantores milionários em shows milionários.

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