SITUAÇÃO DE RORAIMA

Haroldo irá propor reunião com Lula

O deputado Haroldo Cathedral irá propor à bancada no Congresso uma audiência com Lula em janeiro. Na pauta, informações sobre a situação de Roraima quanto a questões ambientais em relação à realidade da mineração clandestina; criação ou não de novas reservas; do agronegócio e estrada para a Guiana como corredor de exportação; a concretização do Linhão de Tucuruí; e a migração de venezuelanos e os danos e gastos que o estado enfrenta há cinco anos.

De acordo com Haroldo, tanto Roraima precisa saber como o presidente eleito ver o estado, como, também, quais são os planos do seu governo para atender essas demandas que o deputado considera serem as mais pertinentes, além de mostrar a Lula que há uma rejeião enorme - a segunda maior do país - contra ele.

"Claro que o presidente irá precisar do apoio da bancada roraimense que irá assumir em fevereiro. E tendo a rejeição que ele tem no estado, em torno de 70%, será difícil para os novos deputados e a bancada do Senado votarem a favor de suas matérias se não houver um retorno, uma compensação do governo federal para com o estado", destacou Haroldo.

Ele aponta que a bancada roraimense sofrerá pressão do eleitorado bolsonarista para que faça oposição a Lula, já que boa parte foi eleita na esteira do bolsonarismo, e tanto o governador Antônio Denarium, como o senador eleito Hiran Gonçalves, conseguiram suas respectivas eleições com apoio direto de Bolsonaro.

Haroldo Cathedral tem razão. No mínimo, fica uma dúvida crucial: Se Bolsonaro não tivesse pedido votos para Denarium e lord Hiran, eles teriam sido eleitos depois de um governo que deixou centenas de pessoas morrerem e ficarem ao léu no HGR e na maternidade por falta de remédios, cirurgias e desleixo? 

Denarium e lord Hiran teriam sido eleitos depois do governo abandonar o interior com pontes quebradas e vicinais intrafegáveis?

A reunião da bancada federal com Lula ou com algum ministro lotado na Presidência, que Haroldo Cathedral propõe, poderá ser o último ato da atual bancada em que um senador e seis deputados federais eleitos em 2014 e 2018, inclusive o próprio Haroldo, atuarão em prol de Roraima.