- 26 de novembro de 2024
A Patrulha Maria da Penha é um grupo especializado em fiscalização de medidas protetivas, que ajudam mulheres resguardando suas vidas sobre a violência doméstica e psicológica. Integrante da Guarda Civil Municipal (GCM), atendeu 1225 mulheres em 2022, efetuando mais de 20 prisões de agressores. A sede está localizada no terminal Buritis no bairro Caimbé.
Em média, 40 medidas protetivas são enviadas semanalmente à patrulha por meio de um termo de cooperação do Tribunal de Justiça, que determina se a mulher precisa ou não de uma medida, sendo válida por 30 dias. “Nosso trabalho é fiscalizar essas medidas com visitas à vítima de agressão doméstica, orientando e ajudando a resguardar sua vida, e se necessário, estender as visitas”, explicou Jessyka Pereira, que compõe a Patrulha Maria da Penha.
Cada mulher acompanhada pela patrulha recebe um número exclusivo, onde pode enviar áudios, vídeos, mensagens em “print” e até ligações de socorro. A equipe se mobiliza e vai de imediato ao local, podendo ainda ajudar o Tribunal de Justiça a reconhecer que precisam continuar com as fiscalizações por um tempo maior.
“Esse trabalho acontece desde 2015. Quando chegamos na casa da vítima, nossa equipe já estudou todo o caso e relatos de violência, não relembramos os casos por conta do trauma de muitas. Deixamos elas seguras do nosso trabalho de proteção e como funciona as medidas protetivas”, reforçou Jessyka.
I.L.F, 42 anos, foi uma das vítimas de agressão assistidas pela patrulha. E ela é grata e reconhece bastante o trabalho, que causou mudanças em sua vida após buscar ajuda. “Foram 14 anos casada. E nos últimos cinco anos se iniciaram as agressões físicas, verbais e psicológicas. Há cerca de três meses busquei ajuda e agora sou assistida pela patrulha. Hoje consigo dormir em paz com os meus filhos”, disse.
Denúncia: Para as mulheres que pretendem denunciar pela primeira vez, basta procurar a delegacia mais próxima ou ligar para a GCM no 4009-9355. Após a análise do caso, é determinada a medida protetiva por meio da justiça e a vítima passará a ser assistida pela patrulha Maria da Penha.