- 07 de novembro de 2024
Brasília - Dos poucos parlamentares que foram encontrados pela reportagem do Fonte para falar sobre os casos em que policiais mataram detidos da Polícia Civil, em Boa Vista, somente dois deputados e um senador deram suas opiniões, e todos afirmaram que o que falta a policia roraimense é mais treinamento nas ações policiais.
O deputado Pastor Frankembergen (PTB), que foi policial, diz que os colegas de hoje estão despreparados. Segundo ele, do concurso para o quadro efetivo da polícia de Roraima foram feitos cursos e o que lhe chamou atenção foi à questão do tipo de qualificação elaborada para o preparo dos profissionais em segurança pública.
- É inadmissível que um policial seja colocado para trabalhar sem que tenha o devido preparo, antes de tudo, psicológico. Quando fiz o curso para polícia, com a Academia da Polícia Federal, para se ter uma idéia, foram dados mais de 400 tiros como forma de treinamento. Enquanto nesse último curso, segundo policiais que participaram, foram dados cerca de 40 tiros. Isso representa muito pouco preparo, treinamento, e demonstra a má qualidade desse curso", afirma Pastor.
Além da parte psicológica citada por Frankembergen, o deputado diz ainda que cursos de reciclagem deveriam ser realizados com mais constância entre os policiais do Estado. "O erro está na má administração. É algo complexo que vem num efeito dominó quando o próprio governo federal não tem feito o devido e necessário investimento na área de segurança no país".
Luciano Castro (PL) disse que a violência na polícia tem que ser averiguada e que algo desse tipo não pode acorrer. O deputado afirma que ninguém está acima da lei e que todas as providências devem ser tomadas e os casos apurados, "investigado a fundo, ainda que tudo isso seja um processo muito delicado, não se pode ir contra a lei".
O senador Augusto Botelho (PDT) faz quorum juntamente Frankembergen quando diz também que falta à policia roraimense mais treinamento, "ou seja, preparo para alguns policiais que tem que seguir a lei".
Para tanto, Botelho diz que agora é papel da Corregedoria da Secretaria de Segurança pública do Estado deve averiguar e coibir que outros casos como esses de violência se repitam. Não é papel da polícia matar e nem bater em pessoas".
Ensinando vencedores