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O caldeirão volta a fever - Márcio Accioly

Se a revista Veja desta semana não conseguir promover o impeachment do presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), que se libere a ladroagem e se libertem todos os ladrões e traficantes ainda prisioneiros nas várias penitenciárias do país. Começando-se por Fernandinho Beira-Mar.


A cada dia que se passa, desde que o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) efetuou denúncias bombásticas contra a administração federal petista, não deixam de aparecer provas contundentes, gravíssimas e irrefutáveis envolvendo os altíssimos escalões.

Se a revista Veja desta semana não conseguir promover o impeachment do presidente Dom Luiz Inácio (PT-SP), que se libere a ladroagem e se libertem todos os ladrões e traficantes ainda prisioneiros nas várias penitenciárias do país. Começando-se por Fernandinho Beira-Mar.

O beberrão que ora ocupa a Presidência da República, além de desprovido de qualquer conhecimento e lisura para tão importante função, montou, comprovadamente, uma quadrilha de alta periculosidade, cuja prática se resume à consecução de crimes de natureza diversa. Ela (a quadrilha) é capaz de tudo que se possa imaginar.

São dois fatos de potencial explosivo calculado em megatons, os divulgados pela Veja. Um deles trata da interferência direta do presidente da República e do ministro da Fazenda, Antônio Pallocci Filho, numa negociata que causaria prejuízo incalculável aos cofres públicos.

Diz respeito à operação de encerramento das liquidações do Banco Mercantil de Pernambuco e do Banco Econômico que, se concretizada, iria arrastar cerca de um bilhão de reais. Desse dinheiro, o publicitário Marcos Valério teria direito a 200 milhões de reais, por ser o principal intermediário da negociata.

A manobra só não foi concretizada porque Marcos Valério tornou-se figura nacional de triste notoriedade, localizado no epicentro de negociatas e bandalheiras que ainda se arrastam por várias CPIs. Por isso que o publicitário, apesar de pressionado por todos os lados, mostra-se tão tranqüilo.

No seu último comparecimento à CPI do Mensalão, quando foi acareado, entre outros, com o ex-deputado Waldemar da Costa Neto (PL-SP) e o ex-tesoureiro Delúbio Soares (PT), Marcos Valério estava muito agressivo e desdenhando dos integrantes da CPI. Como ninguém é detido e a maioria tem rabo preso, aceita-se tal comportamento.

Todos se admiram do fato de nenhum dos implicados estar na cadeia. Aliás, se fossem prender todos os envolvidos, a superlotação prisional iria se agravar. Mas o que não se compreende é o fato de criminosos do naipe de Marcos Valério e Delúbio Soares continuarem à solta e ditando regras.

Delúbio afirmou, na última semana, que "tudo isso irá se transformar numa grande piada de salão, com os envolvidos rindo muito da história". Leva o assunto na galhofa, pois sabe que seu amigo beberrão, o presidente da República lhe dá cobertura. E as autoridades nada fazem e deixam tudo seguir curso livre.

O outro fato explosivo é a confissão de Rogério Buratti de que três milhões de dólares foram remetidos de Cuba, entre agosto e setembro de 2002, para a campanha presidencial do candidato petista. As notas "indignadas", nas quais os principais responsáveis negam tudo, já começaram a circular.

A semana, que se prenunciava morna, promete entrar em ebulição com a convocação de congressistas a Brasília para acompanharem de perto mais esse ato inserido nos últimos instantes, numa peça sem fim que deixa a nação boquiaberta.

Não se sabe o que pretende a elite dirigente do país, agora que vem à tona grande parte dos crimes que cometem. O que se sabe é que poucos escapam. E que a administração pública brasileira é um ato contínuo de rapinagem explícita.

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