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TUCURUÍ - Linhão vai abastecer Manaus e parte do interior

Uma reunião ontem, 27, entre o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e diretores da Eletronorte ficou decidido o destino do projeto de construção do linhão de Tucurui, no Pará, que interligará Manaus ao sistema nacional de energia.


Brasília - Uma reunião  esta manhã 27 entre o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) e diretores da Eletronorte e parte da bancada federal do Amazonas na Câmara Federal ficou decidido o destino do projeto de construção do linhão de Tucurui, no Pará, que interligará Manaus ao sistema nacional de energia, interligando Parintins, Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Maués. A Eletronorte se comprometeu a iniciar as obras do linhão no início do primeiro mestres de 2006 e  concluí-las em dezoito meses.

O Orçamento da União para 2005 previa uma verba de R$ 40 milhões oriunda de emenda parlamentar de autoria do senador amazonense Jefferson Peres (PDT), para financiar o linhão de Tucurui até Parintins, mas a ausência de um projeto técnico para a obra levou o governo federal a propor a retirada dos recursos do orçamento junto à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, presidida por Mestrinho. A reunião de hoje, realizada no gabinete do senador Gilberto Mestrinho serviu também para definir o destino dos R$ 40 milhões.

O senador Gilberto Mestrinho explicou que como não existe um projeto técnico para o uso dos R$ 40 milhões, essa verba terá de  ser extornada para o caixa do governo. Em contra-partida, o governo se comprometeu com os parlamentares do Amazonas a fazer um projeto técnico e a financiar o custo total da obra. "A reunião foi produtiva, e o governo fica com a responsabilidade de tocar o linhão de Tucurui até Manaus, o que fará com que Manaus se insere no sistema nacional de energia, abandonando o sistema isolado", afirmou Mestrinho.

OBRA
A obra terá um custo aproximado de R$ 1,5 bilhão. O linhão que abastecerá Parintins e os dois municípios ao longo do Paraná do Ramos - Barreirinha e Boa Vista do Ramos - e mais Maués, no rio do mesmo nome, virá de uma subestação instalada no município paraense de Juruti, no Médio Amazonas, mais próxima da "cidade do boi". Já o linhão que chegará a Manaus, virá mesmo a partir da hidrelétrica de Tucurui.

O linhão ligando Manaus a Tucurui seguirá uma posição de quase reto, partindo, já no Amazonas, a partir de  Nhamundá, passando por Santo Antonio do Uatumã, Itapiranga, Silves, Urucuará e Itacoatiara, chegando à capital amazonense. "Será uma obra de grande porte, porque terá de atravessar rios, lagos e paranás", lembrou Mestrinho.

A interligação de Manaus ao sistema nacional de energia é uma antiga aspiração do Amazonas, principalmente do setor empresarial, que com a deficiência no atual sistema, movido a dieesel, tem enfrentado problemas no abastecimento de energia. Com o linhão de Tucurui, Manaus passará a ter uma energia confiável, e até mesmo barata em relação à que hoje atende ao consumo da capital amazonense, além de levar energia também a cidades que hoje são abastecidas por pequenas usinas termoelétricas, igualmente deficientes.

Fontebrasil  -  Jornalismo inteligente

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