- 07 de novembro de 2024
Os turistas brasileiros que vão ou passam em Santa Elena de Uairén, prineira
cidade venezuelana na fronteira com o Brasil, estão encontrando menos
dificuldade para abastecer os seus veículos.
O Exército está dando preferência aos turistas. De outro lado, o aumento na
fiscalização pelos dois países reduziu a quantidade de "pampeiros" fazendo
descaminho de gasolina e diesel para o Brasil.
Na BR - 174, a cerca de 30 quilômetros de Pacaraima, está funcionando uma
barreira instalada pela força tarefa formada pelas Polícias Federal, Civil e
Rodoviária Federal, envolvendo ainda a Receita Federal, no intuito de inibir
e coibir o contrabando de combustível.
Nos dois postos de Santa Elena de Uairén, os combustíveis estão sendo
fornecidos aos brasileiros das 8 às 17 horas, de segunda a sábado. Aos
domingos o horário é reduzido: das 8 às 12 horas.
Também foi feita divisão para facilitar o abastecimento. O primeiro posto
atende os carros com as placas terminadas em números pares, enquanto que o
segundo está restrito às de terminação ímpares.
Prioridade - A Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria sugeriu
às autoridades da Venezuela prioridade para turistas, sobretudo nos finais
de semanas. Seria expedido um documento os classificasse. Entretanto, a
solicitação até agora foi atendida.
A proposta criou confusão entre os usuários dos postos de gasolina
venezuelanos, onde alguns hostilizaram a imagem da Câmara, apesar da
intenção ser benéfica ao turismo bilateral, pois daria agilidade aos
turistas no momento de abastecer em Santa Elena de Uairén.
Atrativo - O governo venezuelano subsidia o combustível. O preço da gasolina
continua sendo um atrativo. O valor para os brasileiros é de R$ 0,20
centavos o litro, enquanto que em apenas 220 quilômetros de distância, em
Boa Vista, o valor médio é de R$ 2,90.
O deputado Raul Lima, presidente da Câmara de Comércio e Indústria, enviou
pedido para a Embaixada da Venezuela em Brasília e para a Petroleos da
Venezuela requerendo acordo para importação de combustível, mas ainda não
obteve respostas.
Economia - A importação de combustível seria para o consumo próprio de
taxistas e produtores rurais, o que incrementaria os setores de turismo, de
transporte e de agronegócio. "A legislação permite a comercialização. É
preciso superar as burocracias", disse Raul Lima.