- 07 de novembro de 2024
Vários de meus conterrâneos roraimenses, mais uma vez, se encontram apavorados, desesperados e indignados com erros cometidos por órgãos públicos e que os deixam em situação de vigília, de medo e de estresse.
Mais uma vez, pessoas de bem, trabalhadores braçais, agricultores estão prestes a perder suas casas e seu sustento. E por quê? Pela displicência do Incra, que no ano de 1992, assentou várias famílias em uma área de Floresta Nacional, Flona.
Esse erro está provocando mal-estar entre as famílias assentadas. Os proprietários de terra não desejam abandonar suas casas e nem querem indenização, apenas desejam continuar no lugar em que escolheram como lar e trabalhar como estão acostumados.
Por vários anos esse fato passou desapercebido, o Governo Federal, conforme salienta o prefeito de Mucajaí, Ecildon Pinto, já investiu mais de R$ 6 milhões em obras e ações de infra-estrutura em Samaúna e Vila Nova, as duas comunidades localizadas na área da Flona.
Não podemos permitir que essas famílias sejam despejadas por erros de terceiros. São com pessoas simples e trabalhadoras que estamos lidando, pessoas que merecem justiça.
O que me indgna ainda mais, Senhor Presidente, é que esse caso não é uma particularidade de meu Estado, mas de vários cantos do Brasil, inclusive da Capital Federal.
Vejam só, meus nobres pares. O Governo fecha os olhos para as irregularidades, não as evita em tempo hábil, deixa que famílias inteiras se assentem e dêem continuidade às suas vidas acreditando que aquele chão é propriedade particular. Passados vários anos, aparece alguém dizendo que ali não podem mais ficar, que aquilo não mais lhes pertencem.
Não podemos permitir que as omissões, as arbitrariedades, a delonga e a displicência do Governo prejudiquem as pessoas de bem do nosso Brasil.
Peço que o Ministério Público permita que as pessoas que ali se encontram continuem a viver tranqüilamente, sem a ameaça de serem retirados da terra que amam e que adotaram para viverem.
Clamo por justiça em nome do povo do Brasil, especialmente, em nove do meu povo sofrido de Samaúma e Vila Nova, no Município de Mucajaí.