- 07 de novembro de 2024
Brasília - O senador Gilberto Mestrinho lamentou hoje (18) a paralisação das obras do gasoduto Coari/Manaus, por falta de recursos do governo federal, principalmente da Petrobrás, dona da obra, que até agora não contratou nenhuma empreiteira para construir o linhão que trará à capital amazonense o gás produzido na região do Médio Solimões. "Não podemos concordar com essa paralisação, pois o gasoduto é importante para o Amazonas, porque, pronto, vai acabar com os problemas de energia não só na capital como em todos os municípios amazonenses", diz Mestrinho.
Gilberto Mestrinho lembrou que o projeto do gasoduto é antigo, desde que as jazidas de gás na região de Urucu foram descobertas pela Petrobrás. Segundo Mestrinho, no seu terceiro governo (91/94), ele esteve em Coari acompanhando o então presidente Fernando Henrique Cardoso. "Nessa viagem, o presidente prometeu construir o gasoduto e inaugurá-lo em dois anos, mas nada aconteceu", contou Mestrinho.
Agora, com a informação de que as obras do gasoduto estão paralisadas, e não existe nenhum sinal de que a Petrobrás esteja trabalhando para que o projeto tenha prosseguimento, com a contratação das empresas construtoras da obra, o senador Gilberto Mestrinho voltou a criticar a falta de recursos do governo federal para obras de tamanha importância para o Amazonas. "O presidente Lula tem sido muito bom para o Manaus, mas é preciso que o governo federal decida pelo reinicio das obras do gasoduto", pediu Mestrinho. Segundo Mestrinho, ele e o presidente Lula estiveram em 2004 na região de Coari, e o presidente prometeu iniciar a obra e concluí-la no seu governo. "Até agora, não vimos nada", constata o senador amazonense.
BR 319
A interdição das obras de recuperação da BR-319 (Manaus/Porto Velho) também mereceu o protesto do senador Gilberto Mestrinho. Para ele, a rodovia é importante para o escoamento da produção da Zona Franca de Manaus para o Sul, e a importação de produtos para o consumo local.
Mestrinho acha que a BR-319 é de fundamental importância para o desenvolvimento da região, principalmente porque integra Manaus ao contexto nacional rodoviário. Mestrinho acha que a idéia de que as cidades hoje funcionam com sucesso de desenvolvimento social e econômico ao longo das rodovias, e não no beiradões dos rios. "Essa história de cidades na beira do rio já passou. Temos que estimular a construção de novas estradas, porque são elas que trazem o progresso", defendeu Mestrinho, ao constatar que a recuperação da BR-319 não vai trazer nenhum problema para o meio ambiente. "Ela já está construída, o que tinha de ser desmatado já foi; a estrada precisa ser reconstruída para beneficiar o Amazonas", disse.