- 07 de novembro de 2024
Neste domingo, dia 23, será decidido, através de referendo, se o Brasil irá continuar a comercializar armas de fogo ou não. Trata-se de mais uma imposição da Terra do Tio Sam, docemente acatada por pilantras investidos do manto de autoridade no nosso país. Porque além de farsa monumental, o tal Estatuto do Desarmamento pode ser tudo, menos desarmamento.
Só desarma mesmo o cidadão comum, que fica sem ter a quem apelar, passando recibo de imbecil se votar sim no referendo. Imagine-se uma pessoa que more em lugar isolado e que se encontre dentro de casa alta madrugada, quando descobre que alguém está forçando a porta. Sem arma na mão, não tem como dar sequer um tiro de advertência.
A maior derrota desse referendo, no caso de prevalecer o "não" (como as pesquisas indicam), será da Rede Globo de Televisão. A emissora colocou seus principais artistas na defesa do "sim", investindo pesado. No início, dava-se como certa a aprovação do desarmamento com índice altíssimo, em torno de 82%!
Mas o quadro mudou e está mudando, com a interferência inclusive de alguns artistas, como o cantor Fagner que concedeu entrevista à revista Veja, na qual foi bastante crítico a respeito do posicionamento de sua classe. Ele disse que "quando tem muito artista junto só sai besteira". E lembrou que a maioria apoiou a candidatura presidencial petista, mas agora está calada.
Cobrou comentário dos que apoiaram cegamente o atual presidente da República e que agora se abrigam na conveniência da omissão, depois de ter sido descoberto que o governo montado por Dom Luiz Inácio é composto de quadrilha perigosíssima cuja tarefa principal tem sido a de assaltar os cofres do país.
No jornal "O Globo" de terça-feira (18), saiu a foto de um adolescente de 15 anos, assassinado na escola onde estudava e a manchete: "Referendo: O Brasil Escolhe Seu Futuro". Como se o nosso futuro tivesse a ver com mais essa embromação e não com a colocação de grande parte das autoridades que aí se encontram, na cadeia.
Nos EUA, país onde cada cidadão tem o direito de possuir uma arma, o número de homicídios praticados não alcança os índices absurdos que se observam no Brasil, apesar de, no nosso torrão, menos de oito por cento da população possuir arma-de-fogo.
O que faz com que assassinatos e crimes bárbaros proliferem é a falta absoluta de segurança e a miséria crescente gerada por ministros e presidentes títeres que enviam todos os nossos recursos, toda a riqueza nacionalmente produzida para os cofres de países localizados na esfera do chamado primeiro mundo.
A proibição da comercialização de armas no Brasil iria apenas favorecer à indústria bélica norte-americana, cujos fabricantes têm conhecimento da excelência tecnológica aqui desenvolvida.
As armas nacionais de pequeno calibre não encontram concorrente nos demais centros e são exportadas para inúmeros países.
É esse comércio de armas de pequeno calibre que prende a atenção dos EUA. Porque se fosse um desarmamento para valer, melhor seria que se votasse um referendo no plano mundial e se desmontassem bombas atômicas, canhões, metralhadoras, granadas e outras armas do mesmo naipe que mutilam populações do mundo inteiro, em especial nos países assaltados pelos mais fortes.
Se os EUA pudessem, fariam também um referendo no Iraque e obrigariam sua população a andar desarmada. Somente eles teriam o direito de matar e mutilar mulheres, velhos e crianças (que também torturam nas prisões bárbaras e medievais que mantêm pelo mundo), enquanto tratam de roubar petróleo na região.
Na Venezuela, que se recusa a entregar seu petróleo aos EUA, o presidente Hugo Chávez age no sentido contrário: Está distribuindo armas e treinando o povo para evitar que os liderados de Bush façam ali o que intentaram no Iraque.
Ainda bem que a população brasileira parece ter acordado a tempo de reverter posição capaz de causar gravíssimos prejuízos. A vitória do "Não" pode ser grave advertência a esse governo apodrecido e contaminado pelos males da roubalheira e do entreguismo desvairado.
Email: [email protected]