- 07 de novembro de 2024
Brasília - Pra quem vive em Roraima há pelos menos 10 anos sabe muito bem que volta e meia ocorrem invasões de áreas particulares desocupadas e improdutivas que acabam virando loteamento e depois bairro.
A tentativa de invasão que aconteceu anteontem (16) na fazenda da prefeita Teresa Jucá é mais uma que soma-se à estatística. Mas para não perder o bonde (ou o costume) o "roçado" aberto alí foi logo tratado como um "atentado", uma orquestração política de adversários da prefeita e de quebra, do marido Romero Jucá.
O amigo leitor já deve ter percebido que Teresa e Romero são perfeitos. Não erram. São honestos e zelosos com o bem público. As denúncias e processos que respondem por peculato, desvio de dinheiro público, calote em banco público e outras traquinagens são coisas de seus adversários políticos. Calúnias e mais calúnias.
Se não, vejamos. O roubo de equipamentos como câmeras, monitores, mesas de edição pertencentes a uma televisão que seria criada pelo governo do ex-território Federal de Roraima que apareceram na TV Caburaí, com a origem comprovada por notas fiscais idênticas, inclusive, os CGCs iguais do governo e da Caburaí, são falácias de opositores de Jucá e de Teresa. Porém, foi o Ministério Público Federal que apurou o roubo e fez a denúncia classificando o senador como chefe da quadrilha.
O desvio de dinheiro do Ministério da Ação Social que serviria para atender pessoas carentes cadastradas pela Fundação Roraima (que poderia ser Fundação Romero), serviu para pagar a compra de pick-ups, Elba, bancar compra de passagens aéreas e pagar até o "rancho" do casal. Notas fiscais frias, cheques preenchidos pelo próprio senador e pagamentos de serviços inexistentes. Mais uma vez seus adversários é que estariam por trás das calúnias. Porém, tudo isso foi apurado e confirmado pelo MPF.
O papagaio feito junto ao Basa para a Frangonorte consta o nome de Romero Jucá como dono da empresa e pedinte do empréstimo; como quem garantiu o pagamento com fazendas fantasmas no interior inóspito do Amazonas; como quem esteve fazendo gestões no Ministério da Fazenda ora para esquecerem a cobrança, ora para tirar na marra o seu nome do pepino. Porém, segundo o próprio, tudo isso é mentira, é conspiração de seus opositores.
Mas o Basa já confirmou duas vezes, através de duas auditorias de que é Romero Jucá que está aplicando o maior calote no banco, vindo de um "projeto" de Roraima.
Aliás, não faz muito tempo, o seu assessor especial Humberto Silva afirmava e profetizava sobre a pecha de caloteiro do senador. (ver publicação abaixo)
Teresa Jucá nomeia lista de gafanhotos, gente que mora em Brasília e não trabalha mais ganha(e bem) na Prefeitura. É coisa de seus opositores, mas o MPF apurou a veracidade da folha verde. Empresa se beneficia com esquema de limpeza pública, não executa o serviço e recebe em dia totalizando mais de R$ 5 milhões de rombo. E a prefeita jura de joelhos que é coisa de seus opositores. Mas é o MPE que abriu inquérito e obteve a indisponibilidade de seus bens após desbaratado o rolo do lixo.
Pra ficar ainda mais intrigante, Teresa saca mais de R$ 400 mil de sua conta particular e deposita na da empresa fantasma de Rodriguinho Jucá que deposita na do tio Álvaro que ganhou uma bolada na Prefeitura da cunhada num serviço mal explicado e ela não justifica a origem do dinheiro. Mais uma falácia de seus adversários. No entanto, o MPF é que apurou os depósitos rechonchudos.
Então, dá pra acreditar na alegação de Rodriguinho que a tentativa de invasão na fazenda de Teresa foi um "atentado", mais uma armação de adversários políticos dela e de Romero?