- 07 de novembro de 2024
O grande e saudoso Stanislaw Ponte Preta criou muitas comparações interessantes que foram citadas em seus escritos. Abaixo temos alguns exemplos:
Mais murcho do que boca de velha;
Mais feia do que mudança de pobre;
Mais duro do que nádega de estátua;
Mais suado do que marcador de Pelé;
Mais assanhado do que bode velho em cercado de cabritas;
Mais inchada do que cabeça de botafoguense;
Coletei junto ao povo de nosso Estado algumas comparações não menos curiosas. Vejam que pérolas:
Mais abotoado do que batina de bispo;
Mais agoniado do que anão em comício;
Mais amassado do que tomate em feira;
Mais antigo do que a posição de cagar;
Mais antigo do que o rascunho da bíblia;
Mais apertado do que cu de sapo;
Mais apertado do que lata de sardinhas;
Mais apressado do que cerveja quente;
Mais bonito do que farda de tenente;
Mais chato do que programa do João Cléber;
Mais cheiroso do que filho de barbeiro;
Mais complicado do que papo de economista;
Mais comprido do que língua de sogra;
Mis demorado do que construção de igreja;
Mais desnorteado do que cachorro em dia de mudança;
Mais duro do que pau de noivo;
Mais enfeitado do que cabeça de corno;
Mais enfeitado do que farda do Palma Lima(*);
Mais enfeitado do que penteadeira de puta;
Mais enganado do que professor com precatório;
Mais engelhado do que saco de velho;
Mais engelhado do que maracujá de gaveta;
Mais escondido do que orelha de freira;
Mais falso do que bula de remédio pra emagrecer;
Mais falso do que gozo de puta;
Mais falso do que nota de 3 dólares;
Mais fedido do que banheiro de beira de estrada;
Mais fedido do que beira de cu;
Mais fedido do que fumaça de turíbulo;
Mais feio do que a fome que matou o carcará;
Mais feio do que briga de foice;
Mais frouxo do que colarinho de palhaço;
Mais furado do que tábua de pirulito;
Mais grosso do que apito de navio;
Mais grosso do que papel de embrulhar prego;
Mais grosso do que tubo de esgoto;
Mais grosso do que tubo de passar bosta;
Mais grudado do que catarro em parede;
Mais hermético do que fala de economista;
Mais isolado do que Fernando de Noronha;
Mais junto do que boi de canga;
Mais justo do que beiço de bode;
Mais liso do que pongó;
Mais longo do que cantiga de grilo;
Mais macio do que bunda de bebê;
Mais mentiroso do que político em campanha;
Mais mole do que beira de buceta;
Mais negro do que a alma de Caim;
Mais ondulado do que corpo de miss;
Mais perdido do que cego em tiroteio;
Mais perigoso do que conversa de camelô;
Mais pintado do que menino com catapora;
Mais quebrado do que arroz de segunda;
Mais rápido do que coceira de cachorro;
Mais remendado do que roupa de caipira;
Mais rodado do que táxi-lotação;
Mais seco do que língua de papagaio;
Mais sério do que cachorro embarcado;
Mais sério do que porca mijando;
Mais sofrido do que sovaco de aleijado;
Mais suado do que tirador de espírito;
Mais sujo do que pau de galinheiro;
Mais teimoso do que mula velha;
Mais unido do que irmãos xifópagos;
Mais velho do que o rascunho da bíblia;
Mais xameguento do que puta nova;
Mais zoarento que creche da LBA;
(*) Palma Lima - prefeito de Boa Vista na década de sessenta; coronel do exército fazia questão de apresentar-se sempre impecavelmente fardado, com dezenas de medalhas estampadas no peito (dizem que algumas eram fruto de auto-condecorações)
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