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Mestrinho: seca é fenômeno e não aquecimento global

A grande seca que atingiu os principais rios do Amazonas nada tem ver com o aquecimento global, como insistem em afirmar os ambientalistas da Ong Greenpeace, afirmou hoje (13) o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), em entrevista á Rádio Senado.


Brasília - A grande seca que atingiu os principais rios do Amazonas nada tem ver com o aquecimento global, como insistem em afirmar os ambientalistas da Ong Greenpeace, afirmou hoje (13) o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), em entrevista á Rádio Senado, ao ser questionado sobre a vazante que assola os rios amazonenses. Mestrinho justificou a sua afirmação, dizendo que a vazante dos rios do Amazonas é um fenômeno cíclico, "mas nada tem a ver com o aquecimento global", pois o regime das águas dos rios na região "é fruto do degelo dos Andes".

Gilberto Mestrinho disse que os rios do Amazonas, principalmente, têm seus regimes de cheia e vazante de acordo com o degelo das geleiras dos Andes. "Quando os Andes sofrem as temperaturas mais altas, os rios tendem a uma enchente maior, sempre de acordo com o degelo; se esse fenômeno for menor, a enchente dos rios será igualmente menor; e não havendo degelo, haverá uma seca maior ou uma enchente maior", sustentou o senador amazonense.

Para Mestrinho, a tese de ambientalistas de que a atual seca no Amazonas é fruto do aquecimento natural, ele lembra de não haver notícias dando conta de que os Andes estariam sofrendo degelo natural. "Se fosse assim, não teríamos seca mas sim uma grande enchente, porque as geleiras andinas teria sido transformadas em água e os rios estariam transbordando em suas margens, e isso não está ocorrendo como mostram os leitos dos rios totalmente secos", afirma o senador.

Mestrinho tem sido um crítico mordaz das teses ambientalistas sobre fenômenos naturais na Amazônia. "Isso também é fruto do desconhecimento científico, da rudeza de conhecimento da realidade amazônica", afirma ele. Segundo o senador, todos os rios do Amazonas que estão abaixo da Linha do Equador têm seus regimes de água intimamente ligados ao fenômeno do degelo dos Andes. "Essa é a realidade da Amazônia, e o que temos de fazer agora é procurar ajudar os ribeirinhos que estão sofrendo com a seca, e ajudá-los a superar os prejuízos da grande vazante", sugeriu.

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