- 07 de novembro de 2024
Por cinco votos a um, foi aprovado pela Mesa Diretora da Câmara o relatório com os 13 nomes de congressistas acusados de participar do esquema do "mensalão". O deputado João Caldas (PL-AL) votou contra a decisão, mas desistiu de pedir vista ao processo. Em compensação, a Mesa fatiar o processo em 13 relatórios individuais antes de enviar a documentação ao Conselho de Ética. Esses papéis devem chegar às mãos do deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética, possivelmente na sexta-feira desta semana. Os processos efetivamente só devem ser abertos na semana que vem, na segunda, terça ou quarta-feira. Até lá, qualquer um dos 13 congressistas ainda tem prazo para renunciar ao mandato e escapar de uma possível punição mais severa no plenário. Desses 13 deputados, 3 têm chance de salvamento já no Conselho de Ética: Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Há consenso entre a maioria dos congressistas na Câmara de que os indícios existentes contra esses 3 são insuficientes para a cassação. Dessa forma, os porocessos podem ser arquivados. Outros 3 deputados podem renunciar até terça-feira: José Mentor (PT-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e José Borba (PMDB-PR). Os 3 acham que têm chances pequenas de absolvição. Preferem a renúncia para tentar ganhar novamente uma eleição para a Câmara no ano que vem. Se fossem cassados, ficam 8 anos banidos da política. Sobram, portanto, 7 deputados da lista dos 13. É sobre esses que possivelmente o plenário da Câmara terá de decidir. Além desses 7, há também os outros 3 casos já em andamento (José Dirceu, Sandro Mabel e Romeu Queiroz).