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Sem querer alterar resultados - Edersen Lima

A imagem do Ministério Público colada à da Prefeitura de Boa Vista pode soar como aval, como um parecer de que alí, na Prefeitura, dirigida por Teresa Jucá, as coisas funcionam em prol da comunidade, quase dizendo "votem nela".


Brasília - Há dois meses, propagandas de TV e outdoors  bancados pela Prefeitura de Boa Vista têm chamado a atenção de leitores do site. Trata-se dos institucionais e placas em que assina a PMBV em parceria com o Ministério Publico Estadual. Uma novidade em se tratando de publicidade envolvendo um órgão fiscalizador da ordem e do patrimônio público em conjunto com o poder executivo.

Não que pelo resto do país não aconteçam parcerias entre os MPs e governos municipais e estaduais. O que diferencia é que em Boa Vista a intenção de dar publicidade de que ambas instituições estão próximas, unidas e afinadas é bem clara, parecendo mostrar que as ações da Prefeitura - aí diga-se de passagem, as ações da prefeita Teresa Jucá -, estão de acordo, acompanhadas pelo MPE. Teresa é desde da eleição passada candidata ao Senado no ano que vem.

Em tempos já pré-eleitorais, a imagem do Ministério Público colada à da Prefeitura de Boa Vista pode soar como aval, como um parecer de que alí, na Prefeitura, dirigida por Teresa Jucá, as coisas funcionam em prol da comunidade. Conscientes ou não, procuradores e promotores  do Ministério Público Estadual de Roraima, de outra forma, passam a impressão de que concordam e batem palmas para o trabalho de Teresa Jucá, na chamada "propaganda subliminar".

Bater palmas para Jucá, pelo menos não é novidade para o MPE. A grande imprensa acompanhou quando na posse de Romero Jucá no Ministério da Previdência, o procurador-chefe, Edson Damas, aplaudiu de pé o discurso do então futuro candidato ao governo de Roraima.

Há reclamações de lentidão em investigar e dar prosseguimento a processos que envolvem denúncias de peculato e desvio de dinheiro público na Prefeitura de Boa Vista, por parte do MPE. E sem dúvida, muitas outras irão surgir no ano que vem.

Assim como juiz de futebol, todo cidadão minimamente politizado tem as suas preferências por times e políticos. O que não pega bem, em certas profissões, é abrir brechas para suspeitas, e principalmente, assumir um Edilson Pereira de Carvalho que por ventura exista lá dentro querendo alterar resultados por simples simpatia ou parceria.

P.S: Competências à parte, Estela Damas, irmã do procurador-chefe do MPE, está cotadíssima para assumir a secretaria municipal de Educação.

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