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Prefeitura deixa pacientes sem medicamentos

"Como vou fazer para comprar tudo isso se estou desempregada e nos postos de saúde não têm esses medicamentos"? desabafa. Apesar dos institucionais da Prefeitura em que a saúde no município melhorou muito.


Daniella Assunção
Colaboradora

A rotina do hospital Santo Antônio é estressante. Se em um posto de saúde faltam medicamentos e sobram reclamações, na emergência os profissionais de saúde trabalham no limite dos pacientes que estão entre a vida e a morte. Como quem está na área não tem muito a escolher - assim como o paciente - a saída para humanizar o ambiente e o atendimento, é um simples sorriso.

Faltam remédios para tratamento de doenças das vias respiratórias e gastroenterite, que aumentaram consideravelmente neste início de verão. Além do mais, os médicos da rede pública reclamam do salário que recebem.

A falta de medicamentos de maneira indiscriminada e acentuada. A autônoma Maria das Graças, 37 anos, precisou levar sua filha, Júlia no Santo Antônio, como faz todas as vezes que ela tem crise de asma, enfrentando uma fila de quase três horas até ser atendida. Cumprir rotina foi em vão. A lista de remédios receitada pelo médico foi desanimadora.
 "Como vou fazer para comprar tudo isso se estou desempregada e nos postos de saúde não têm esses medicamentos"? desabafa.  Apesar dos institucionais da Prefeitura em que a saúde no município melhorou muito, mais uma vez Maria das Graças não recebeu os medicamentos para Júlia. Como muitos outros, vai ser obrigada a comprar na rede particular de farmácias.

Um médico que atende na emergência do Santo Antonio o qual não quis ter o nome revelado, informou que muitos pacientes saem de lá contrariados. "Eles acham que nós não queremos doar os medicamentos. Acontece que aqui não tem farmácia".

Os gastos com medicamentos representam cerca de 11,5% do orçamento do Ministério da Saúde. De acordo com o Governo Federal, os investimentos na área praticamente dobraram desde o ano 2002. A previsão para este ano é gastar R$ 3,2 bilhões de reais com medicamentos e, para 2006, R$ 4,15 bilhões.

Saúde pública é  um sagrado serviço. Trata da vida, do direito à vida. É um direito do cidadão, um dever do Estado e Município. Os que não a entendem assim deveriam cuidar de qualquer coisa, nunca da preservação da vida das pessoas.

PMBV
A reportagem procurou a assessoria de Comunicação da Prefeitura e segundo, Humberto Silva, toda e qualquer informação estão proibidas de serem fornecidas ao site Fontebrasil.

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