- 07 de novembro de 2024
Definida a filiação partidária dos principais atores da cena política roraimense (amanhã se encerra o prazo), só resta agora esperar que cada qual procure se credenciar e somar pontos positivos na caminhada para a disputa eleitoral do próximo ano. Na tarefa de credenciamento, a população aguarda os benefícios.
Porque a única maneira de alcançar tal intento é através do trabalho, cumprindo promessas efetuadas ao longo das últimas campanhas. O PSDB, como amplamente anunciado, será comandado pelo governador Ottomar de Sousa Pinto, alçado à sua presidência e tendo como vice o ex-deputado federal (1995-2003) Elton Rohnelt.
O governador, que já deixou bem clara a intenção de partir para a renovação de seu mandato, terá de promover alguns ajustes na máquina administrativa (adequando-se à mudança de tempo) e acomodando aliados políticos visivelmente descontentes.
O PFL continua sob o comando do deputado federal Chico Rodrigues, abrigando grupos sociais dos mais representativos que irão exercer inegável influência na composição do cenário de 2006.
Dado o peso político de seus filiados, a legenda da Frente Liberal virá com força total na luta pela conquista de importante espaço, sonhando até mesmo com a possibilidade de indicação do candidato a vice-governador. Nome é o que não lhe falta, incluindo aí o do presidente da Junta Comercial, Edson Araújo e o próprio Chico Rodrigues.
Mas antes do arranjo final, muita água ainda irá rolar por cima e por baixo da ponte. Sem esquecer inevitáveis desdobramentos judiciais, com sentenças aguardadas no caso dos gafanhotos, e na mobilização do Conselho de Ética do Senado Federal que deverá analisar processos pendentes em que se solicita a cassação do senador Romero Jucá Filho (PMDB).
Como a maioria tem conhecimento, o senador tem declarado a intenção de disputar a cadeira do executivo estadual, embora a sua situação política não seja das mais favoráveis. Caso consiga passar incólume no Conselho de Ética, sua chapa seria composta com a presença da prefeita de Boa Vista, Teresa Jucá (PPS), concorrendo ao Senado.
Na chamada terceira via, o senador Augusto Botelho (PDT) já colocou o seu nome à disposição dos próceres partidários. O fortalecimento (ou não) do seu pleito vai depender de sua capacidade no somatório de apoios.
Comenta-se a respeito de crise que se desenrolaria entre as duas principais alas do partido brizolista (a outra delas encabeçada pelos rizicultores), embora a principal liderança política entre os produtores, o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro já tenha declarado que não irá renunciar ao cargo para concorrer ao Palácio Senador Hélio Campos.
Tudo agora entra em fase de acomodação e os jogadores continuam a se estudar na busca de melhor posicionar suas pedras no tabuleiro. O certo é que não se tem como especular sobre um acontecimento, cujo desfecho está situado num horizonte de mais de 365 dias de distância.
SEM SAÍDA
O uso do cachimbo faz sempre a boca torta. O desgoverno Dom Luiz Inácio (PT-SP), acusado das maiores falcatruas e roubalheira, abriu as torneiras dos recursos públicos, mais uma vez, despejando milhões de reais na compra de votos parlamentares, buscando eleger o seu candidato à Presidência da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Quando será que tudo isso irá ter fim? Quando esses dirigentes serão punidos?
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