- 07 de novembro de 2024
Os bancários deflagraram hoje uma paralisação nacional de 24 horas contra a proposta de reajuste salarial de 4% apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Em São Paulo, a paralisação está concentrada no centro da cidade, onde todas as 70 agências estariam parcial ou completamente paradas, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
O balanço nacional da greve só deve ser divulgado no final da manhã pela CNB (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT). Já a Fenaban prometeu divulgar sua estimativa de adesão à greve no começo da tarde.
Até o momento também não existe registro de confrontos entre bancários em greve e a Polícia Militar. Na semana passada, dois bancários foram presos e um saiu ferido durante manifestação realizada na sede administrativa do Bradesco, em Osasco (SP).
A greve de hoje é apenas de advertência. Os bancários ameaçam cruzar os braços em definitivo a partir do próximo dia 6 caso não cheguem a um acordo sobre o reajuste salarial.
Os bancários pedem reajuste de 11,77%, participação nos lucros maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), garantia de emprego e 14º salário, entre outras coisas.
Já os bancos oferecem 4% de reajuste, abono de R$ 1.000 e participação nos lucros de 80% do salário mais R$ 733 fixos. Segundo a asessoria de imprensa da Fenaban, ainda não há uma nova rodada de negociações agendada.
A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77%, contra uma inflação de 6,4%.