- 11 de novembro de 2024
Luiz Valério
Colaborador do Fontebrasil
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O delegado que preside o inquérito sobre o roubo do cofre da Câmara de Vereadores de Boa Vista, Clayton Alexandre, expediu oficio convocando o deputado estadual Flávio Chaves (PV) para prestar depoimento sobre o episódio. A convocação de Chaves para oitiva foi solicitada pelo Ministério Público Estadual, através do procurador-geral de Justiça do Estado, Edson Damas da Silveira. O cofre foi roubado das dependências da Câmara Municipal durante a gestão do parlamentar como presidente daquela Casa.
O processo que trata do roubo do cofre da Câmara tramita em segredo de Justiça por determinação do desembargador José Pedro Fernandes também atendendo a pedido de Edson Damas. José Pedro é o magistrado responsável pelo inquérito que tramita há quase três anos entra a Justiça e a polícia. A data para a oitiva do deputado Flávio Chaves ainda não foi definida. De acordo com o delegado Clayton Alexandre, quem vai determinar o dia em que será ouvido é o próprio Chaves pelo fato de, como parlamentar, ter foro privilegiado.
O delegado presidente do inquérito disse que está mudando a linha de investigação, levado por indícios de que o caminho seguido até então não era o correto. "Eu comecei a apurar umas pistas e começaram a aparecer indícios que podem levar a um outro caminho diferente do seguido até então", disse Clayton Alexandre. Ele afirmou que pretende passar as informações levantadas recentemente para o Ministério Público, de forma que a polícia e o MPE possam desenvolver um trabalho em conjunto.
"Pretendemos assim fazer um trabalho - polícia e Ministério Público - de uma forma que ainda não havia sido feito", diz ele, salientando que investigação é uma atividade típica da polícia, mas que nesse caso será necessária a participação do MPE para que se possa chegar ao resultado desejado.
HISTÓRICO - O cofre da Câmara municipal de Boa Vista foi roubado em novembro de 2002. O crime está próximo de completar três anos sem que ainda tenha sido solucionado. Por mais de um ano o inquérito dormitou nas gavetas da delegacia-geral da Polícia Civil sem que as investigações caminhassem com a agilidade necessária.
Depois de supostamente concluído, o processo foi encaminhado para a Justiça, ficando sob os cuidados do desembargador José Pedro Fernandes também sem ser movimentado. O procurador-geral de Justiça Edson Damas requereu o inquérito para análise e percebeu que havia deixado de ser ouvidas peças-chave para a elucidação do caso. Uma dessas pessoas é o deputado estadual Flávio Chaves, ex-vereador e presidente da Câmara.