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Chico Rodrigues critica comemoração na Raposa Serra do Sol

a mobilização de cem agentes da Polícia Federal, dentre eles 80 enviados de Brasília, a ida do Ministro da Justiça Márcio Thomás Bastos e demais autoridades à região é, sem dúvida, vergonhoso.


O deputado federal Francisco Rodrigues (PFL/RR), mostrou toda a sua indignação ao discursar sobre as comemorações pela homologação da reserva Raposa Serra do Sol, na aldeia de Maturuca. De acordo com Chico, a mobilização de cem agentes da Polícia Federal, dentre eles 80 enviados de Brasília, a ida do Ministro da Justiça Márcio Thomás Bastos e demais autoridades à região é, sem dúvida, vergonhoso. " A meu ver, o Exmo. Sr. Ministro Márcio Thomás Bastos está comemorando, antecipadamente, a homologação das terras da aldeia, já que existe ação no STF contestando a legalidade dos procedimentos adotados pela FUNAI, apontando vícios de inconstitucionalidade e propondo a nulidade dos atos. Portanto, a questão está sub judice", afirma Chico. E completa: "É sabido também que apenas uma minoria de índios treinados por uma ONG chamada CIR, braço direito do CIMI (Conselho Missionário Indigenista) comemoram  a homologação das terras".
Chico também cita que, mesmo sem a decisão final da justiça, a FUNAI continua a iniciativa para a retirada dos não índios que habitam a região, dentre eles, os produtores de arroz, pessoas de alto poder aquisitivo devido à extensão de  suas lavouras modernas e eficazes. " Os arrozeiros não vão abrir mão de sua produtividade. Eles estão irredutíveis e prometem usar todos os recursos legais cabíveis para não saírem da área. Por isso, não entendo o motivo de tanta mobilização em torno de uma comemoração pífia. A guerra entre índios e arrozeiros ainda não terminou. Haja visto a ação predatória que alguns promoveram na missão Consolata, sediada no Surumu, que já presta serviços sociais à população há mais ou menos 100 anos.  Então o que temos que fazer enquanto representantes do povo, é nos preocupar com a seriedade dos fatos e tentar resolver o problema legalmente da forma mais pacífica e eficaz que pudermos. Só assim, poderemos atender aos anseios dos índios e comemorar".
  

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