- 12 de novembro de 2024
Brasília - A deputada federal Suely Campos lamentou que policiais federais tenham abordado membros venezuelanos da Missão Sucri com excessivo rigor e força, quando o grupo se encontrava já no início da BR-174, rumo Venezuela, logo após a ponte do Caumé. A Missão Sucre é uma entidade que elabora cursos preparatórios para o ingresso de estudantes brasileiros em universidades venezuelanas. "É certo que a Polícia Federal cumpra sua tarefa de apurar denúncias e investigar suspeitos, mas o excesso de rigor no que seria uma simples blitz, poderia se transformar num problema diplomático entre Brasil e Venezuela", comentou Suely. Segundo ela, há informações de que ocupantes da van venezuelana, membros da Missão Sucre, foram abordados na estrada, retirados do veículo e obrigados a deitarem no chão para serem revistados. "Essa notícia que nos chega é preocupante diante dos bons laços que o governo de Roraima historicamente tem com o governo venezuelano", lamentou a deputada. Suely disse que manterá contato com a Superintendência da Polícia Federal sobre o assunto. Dentro da programação da Missão Sucre, grupo de 54 brasileiros viajam para Cuba para estudar Medicina. Lá, cerca de 600 estudantes brasileiros estudam em cursos superiores. Apesar da comitiva venezuelana contar com duas mulheres e uma criança de quatro anos de idade, os policiais federais determinaram que todos se deitassem no chão para serem revistados. "Nada disso era necessário. Bastava se pedir os documentos e informações sobre o motivo de estarem em Roraima. O fato é que houve excesso da Polícia Federal que deve melhor refletir na abordagens que faz, separando o joio do crime, o criminoso do cidadão inocente". Suely Campos determinou ao seu gabinete que providenciasse ofício ao Ministério da Justiça informando sobre o que ocorreu em Boa Vista.