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GAFAS - Procuradoria da República denuncia Sérgio Ferreira

A Procuradoria Regional da República 1ª Região apresentou denúncia contra o deputado estadual de Roraima Paulo Sérgio Ferreira Mota (PPS) por envolvimento no escândalo dos gafanhotos. Ele vai responder por formação de quadrilha, peculato e uso de documento falso. A Ação Penal Pública foi proposta pelo procurador regional da República Ronaldo Vasconcellos Albo perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília.


 

A Procuradoria Regional da República 1ª Região apresentou denúncia contra o deputado estadual de Roraima Paulo Sérgio Ferreira Mota (PPS) por envolvimento no escândalo dos gafanhotos. Ele vai responder por formação de quadrilha, peculato e uso de documento falso. A Ação Penal Pública foi proposta pelo procurador regional da República Ronaldo Vasconcellos Albo perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília.
 O caso conhecido como escândalo dos gafanhotos aconteceu em Roraima entre os anos de 1998 e 2002. O esquema consistia em inserir na folha de pagamento da Secretaria de Administração (Sead) e do Departamento de Estradas de Rodagens (DER/RR) do estado centenas de pessoas que nunca trabalharam para o governo estadual. Por meio de procuração, o governador, deputados estaduais, conselheiros do Tribunal do Contas de Roraima e servidores públicos recebiam os salários dos gafanhotos e dividiam o montante entre os membros da quadrilha. 
Na denúncia, o procurador regional afirma que Paulo Sérgio Ferreira da Mota foi responsável por colocar nas folhas de pagamento do estado pelo menos 15 gafanhotos. Como cada um deles recebia dois mil reais por mês (que ficavam com o deputado e com os dois aliciadores), o montante desviado totaliza pelo menos trinta mil reais mensais. Além disso, alguns gafanhotos indicados pelo deputado figuravam em duas folhas de pagamento: na Tabela Especial Assessoria, da Secretaria de Administração, e na folha do DER/RR.
A ação foi baseada em documentos e depoimentos. Num deles, Sônia Pereira Nattrodt, ex-diretora da Sead, confirmou a participação de Paulo Sérgio no esquema. Ela disse que recebeu do próprio deputado a relação dos gafanhotos. Já os quinze gafanhotos ouvidos no inquérito contam que foram enganados e assinaram procurações em favor da mulher e do irmão do deputado sem saber para que os documentos seriam usados. Os dois aliciadores vão responder pelo crime na Justiça Federal de primeira instância. Paulo Sérgio tem direito à prerrogativa de foro no TRF porque é deputado estadual.
Se for condenado por peculato, o deputado pode pegar reclusão de dois a doze anos. Já o crime formação de quadrilha tem pena de reclusão de um a três anos.

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