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Raul diz que dirigentes lhe "obrigaram" a sair do PSDB

Divergências internas, falta de sintonia entre a direção e seus filiados, sobretudo com detentores de mandatos. Essas foram algumas das razões que levaram o deputado Raul Lima a deixar o PSDB. Ele foi convidado a sair pelo presidente regional, Elton Rohnelt. "O dirigente tomou atitudes anti-democráticas,



Divergências internas, falta de sintonia entre a direção e seus filiados, sobretudo com detentores de mandatos. Essas foram algumas das razões que levaram o deputado Raul Lima a deixar o PSDB.
Em entrevista na manhã de quinta-feira, dia 15 de setembro, o parlamentar lembrou que foi convidado a sair pelo presidente regional, Elton Rohnelt. "O dirigente tomou atitudes anti-democráticas, ditatoriais", disse.
A decisão da saída, entretanto, não foi fácil em decorrência de compartilhar com ideais pregados pela direção nacional tucana. Também pesou o fato do PSDB ter sido o partido em que iniciou na política.
Raul Lima falou ainda sobre a sua aliança com o senador Romero Jucá (PMDB), pré-candidato ao Governo do Estado nas eleições de 2006. "Buscamos uma situação melhor para Roraima", salientou.
Destacou, por exemplo, que ambos são aliados antigos e que atuam no intuito de construir um plano de desenvolvimento sólido ao Estado, suprimindo "as atuais políticas meramente assistencialistas".
Bloco - No início desta semana, Raul Lima e os deputados Gute Brasil, Titonho Bezerra, Raul Prudente, Édio Lopes e Airton Cascavel formalizaram um Bloco Parlamentar na Assembléia Legislativa.
"Não se trata de oposição. Teremos opiniões acerca de tudo que interessa ao progresso de Roraima, seja em questões políticas ou administrativas, visando a geração de emprego", afirmou Raul Lima.
De acordo com Raul Lima, "o bloco não está preocupado em fazer criticas ao governador Ottomar Pinto, mas em auxiliar o Estado em ações que se convertam em melhor qualidade de vida à população".
Mesmo sem radicalismo, o deputado reclamou que falta planejamento do governo, que tem atuado sempre em caráter emergencial para apagar incêndios. "Isso não ajuda a superar os obstáculos", opinou.
Produção - Um dos caminhos apontados pelo deputado para a abertura de novos postos de trabalho é o fomento ao setor rural, tanto na produção de grãos em larga escala como à agricultura familiar.
O parlamentar tem reclamado que o Estado tenha cerca de R$ 100 milhões em caixa sem que utilize parte desse dinheiro para estimular a produção do homem do campo, agrícola ou pecuária.
Criticou, por exemplo, que o governo tenha demitido muitos cidadãos nos últimos meses, gerando uma crise social sem precedentes na história de Roraima, sem fazer investimentos para reverter o "caos".
Para o deputado, o Estado deveria se voltar à exportação à Venezuela e ao Caricon, através da Guiana. "São mercados com mais de 40 mil consumidores e não há política pública neste sentido", disse.
Emprego - Na visão dele, o Estado tem que acabar com atitudes ultrapassadas, que visam apenas o assistencialismo, apesar de reconhecer que o governo não pode abandonar as famílias de baixa renda.
"Não é correto viciar o povo a ficar dependente do governo para tudo. O Estado tem que ser o provedor de ações que gerem emprego e propiciem melhor distribuição de renda", defendeu Raul Lima. 

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