- 12 de novembro de 2024
A equipe do Departamento de Polícia Judiciária do Interior, DPJI, efetuou no início da tarde de hoje a prisão do sargento bombeiro Racildo de Oliveira Nascimento. Contra ele foi decretada prisão temporária por 30 dias por graves indícios de que foi o mentor intelectual do homicídio de sua mulher Olinda da Silva Pereira, 33 anos.
O caso está sendo investigado pela delegada de Polícia Civil do Interior, Simone Arruda. O crime aconteceu no dia 04 deste mês, no Sítio Mãe Nina, localizado à BR-174, na localidade do Passarão.
Logo após o crime a delegada instaurou inquérito policial para apurar o homicídio. No final da tarde do dia 05 a principal suspeita, a desempregada Maiana Perpétua Correa de Oliveira, 20 anos, apresentou-se, acompanhada de seu advogado à delegada Simone Arruda e confessou o crime.
A autora contou que tinha um relacionamento há um ano com o marido da vítima e que no dia do crime havia marcado para se encontrar com ele neste sítio. Inclusive, segundo ela, o amante teria lhe dado à importância de R$ 30,00 para chegar até o sítio.
A acusada disse que chegou no sítio por volta das 07 horas de domingo para aguardar o amante. Entre 09 e 10 horas o Racildo Nascimento chegou ao local, acompanhado da esposa. Ela disse que discutiram e que o amante interveio para evitar a briga. Entretanto, ainda segundo a acusada, depois de ter se afastado Olinda retornou e nesta segunda vez Maiana disse que se apropriou de uma faca e a golpeou.
A acusada disse que fugiu do local e que somente na manhã seguinte é que tomou conhecimento da morte de Olinda.
De acordo com informações prestadas pelo diretor do DPJI, Renê de Almeida, a delegada Simone Arruda tomou o depoimento de várias testemunhas, efetuou acareações e teve que reinquirir as partes envolvidas.
A delegada solicitou a prisão do sargento Racildo por que há graves indícios de que foi o mentor intelectual do crime, vez que é amante da autora.
"Logo após o fato a autora se apresentou, confessou a autoria e posteriormente, ao ser reinquirida, indicou que o amante tinha claro interesse na morte da esposa, tendo-a induzido para um possível confronto entre as duas. Houve uma acareação e percebemos que as testemunhas estavam mentindo. Além disso, o sargento Racildo sabia que a amante estava naquele local, naquela hora. Ele parou no lugar em que a amante se encontrava, acompanhado da esposa. Outra situação é que houve uma demora premeditada na prestação de socorro, cerca de duas horas, tudo isso concorreu para a morte da mulher", disse o diretor de Polícia.
O mandado de prisão foi decretado pelo juiz da 1ª vara Criminal, Leonardo Pache de Faria Cupello. A prisão foi cumprida no início desta tarde na casa dele, no bairro Caranã. O sargento vai ficar recolhido numa cela do Corpo de Bombeiro à disposição da Justiça.