- 12 de novembro de 2024
O presidente da Câmara dos Deputados trabalha para apresentar até o final do dia uma versão para rebater a acusação de mensalinho. O que poderá alegar Severino:
Data - Sebastião Buani apresentou um cheque de 2002. Antes, dizia que pagava a propina a partir de 2003. Severino vai alegar que é estranho que alguém pague propina e esqueça o período do pagamento
Cheque será apresentado como se fosse de empréstimo - O cheque foi, de fato, recebido por Gabriela, secretária de Severino. A moça está na residência de um familiar, em Brasília. O que será alegado: Gabriela dirá que não omitiu o cheque ao depor na PF. Alegará que simplesmente ninguém a perguntou sobre 2002. Além disso, a secretária dirá que o dinheiro não é para ela.
Na versão que deve ser divulgada por Severino, será sugerido que o empresário Buani fazia empréstimos cobrando juros de funcionários do Congresso. Uma pessoa -cujo nome ainda não se conhece- pediu a Gabriela para ir ao banco descontar o cheque. Essa pessoa será apresentada por Severino.
Qual a prova de que o cheque foi produto de uma operação de agiotagem? Para os assessores de Severino, uma anotação que aparece no verso do documento:
"( - 690,00)"
Esse número corresponde a 9,2% do valor total do cheque, que é de R$ 7.500 (perdão aos internautas que leram a versão anterior, com o percentual errado de 7,2%... coisas de um teclado pequeno, no laptop, da correria da cobertura da crise. mil perdões).
"Esse é o percentual que se cobra na Câmara nas operações de agiotagem na Câmara", diz um assessor de Severino.
Eis a possível defesa de Severino. Vai colar? Tem verossimilhança? Não importa. O que é importante notar é que Severino, ao que tudo indica, por enquanto, ainda não pensa na renúncia como primeira opção.
Frente
Verso