A gasolina deve subir em média 5% para os consumidores. A Petrobras anunciou hoje um reajuste de 10% na gasolina e de 12% no diesel nas refinarias a partir da 0h deste sábado. Os percentuais não incluem ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços).
A gasolina deve subir em média 5% para os consumidores. A Petrobras anunciou hoje um reajuste de 10% na gasolina e de 12% no diesel nas refinarias a partir da 0h deste sábado. Os percentuais não incluem ICMS (Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços).
Segundo cálculos de Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, a gasolina ficará em média 5% mais cara nas bombas e o preço do diesel deverá subir cerca de 7%. Como o preço da gasolina nos postos é livre, os percentuais representam uma média do que deverá ser aplicado em todo o país.
Os reajustes anunciados pela estatal incluem impostos como a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e o PIS/Cofins, que representam cerca de 18% do preço da gasolina nas bombas, mas não o ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços), responsável por 32% do preço da gasolina. O percentual do preço de realização da Petrobras representa 28% do valor cobrado nas bombas.
Os percentuais anunciados pela Petrobras serão pagos pelas distribuidoras de combustíveis quando adquirirem o produto nas refinarias.
A Petrobras destaca que o impacto para o consumidor será de fato menor porque os aumentos não incidem sobre os impostos nem sobre os 25% de álcool que compõem a gasolina, nem sobre as parcelas de distribuição e revenda.
Este é o primeiro aumento dos combustíveis anunciado pela estatal em 2005. Em 2004, a Petrobras elevou o preço da gasolina e do diesel três vezes. O primeiro reajuste foi de 10,8% para gasolina e de 10,6% para o diesel em 15 de junho. O segundo aumento foi de 4% para a gasolina e de 6% para o diesel em 14 de outubro e o terceiro, anunciado com um intervalo de apenas 42 dias, foi de 7% na gasolina e de 10% no diesel em 25 de novembro.
Na época, José Sérgio Gabrielli, atual presidente da estatal, admitiu que houve influência do calendário eleitoral na definição do reajuste.