- 12 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor
"Como é que eu posso querer estar junto de um sujeito versado em corrupção para depois ele pilhar os cofres do Estado". A frase dita pelo governador Ottomar Pinto sobre Romero Jucá publicada ontem neste Fontebrasil não se restringe apenas ao seu entendimento.
Muita gente em Roraima pensa a mesma coisa do senador que deu calote de milhões de reais no Basa, equipou a TV Caburaí com equipamentos que tinham em suas notas fiscais o mesmo CGC do governo do ex-Território e que rubricou falsificação de contrato da própria Caburaí.
Tem ainda muita gente que não fica só no pensamento. Tem quem afirme e publique que Romero não é flor que se cheire, que o diga o presidente do Sinjoper, Humberto Silva, primeiro a lhe pilhar em letras garrafais a pecha de "caloteiro" (veja matéria abaixo). E pelo visto, tinha toda a razão. Romero ficou caladinho com as afirmações de Humberto, que hoje é empregado da TV Caburaí e assessor da prefeita Teresa Jucá.
Se não é versado em corrupção, o senador tem verdadeiro imã para atrair suspeitas. A mais recente, divulgado semana passada pelo jornal Gazeta Mercantil, é de que tenha influenciado uma licitação em São Paulo, para construção de um anel viário em favor da empresa do irmão Álvaro Jucá (veja matéria abaixo). Romero foi o relator do Orçamento da União, e a obra teve o seu crivo para receber dinheiro do governo federal.
O seu atual mandato tem também suspeitas de ter sido obtido através de corrupção, de desvio de dinheiro público na contratação de cabos eleitorais pela Prefeitura de Boa Vista. O inquérito está na Polícia Federal acumulando poeira.
Por essas e muitas outras é que a opinião de Ottomar Pinto não causou surpresa. Até porque, Ottomar é conhecido pelas frases de efeito, ainda mais quando a frase parece encontrar eco junto ao eleitorado.