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EMPRÉSTIMO - Diretor da CER é acusado de improbidade

O Ministério Público Estadual (MPE) está movendo uma ação por improbidade administrativa na Justiça local contra o diretor-técnico da Companhia Energética de Roraima (CER), Eduardo José de Matos. O diretor é acusado de ter emprestado 15 bobinas de cabos de alumínio, no total de 25,7 toneladas, para a empresa Amazônia Indústria e Serviço Ltda, de propriedade de Kennedy Bernardino de Oliveira. O material era destinado à interiorização da energia de Guri.


Luiz Valério
Colaborador do Fontebrasil
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O Ministério Público Estadual (MPE) está movendo uma ação por improbidade administrativa na Justiça local contra o diretor-técnico da Companhia Energética de Roraima (CER), Eduardo José de Matos. O diretor é acusado de ter emprestado 15 bobinas de cabos de alumínio, no total de 25,7 toneladas, para a empresa Amazônia Indústria e Serviço Ltda, de propriedade de Kennedy Bernardino de Oliveira. O material era destinado à interiorização da energia de Guri.

O empréstimo ocorreu em fevereiro deste ano, condicionado a devolução num prazo de 60 dias, sem que isso tenha ocorrido até agora. O valor das mais de 25 toneladas de cabos de alumínio emprestadas indevidamente é de R$ 438 mil. O material foi adquirido na Venezuela pela empresa Visa, vencedora do processo licitatório realizado pela companhia energética, conforme o processo de compra de número 516/97.

O objetivo da compra dos cabos de alumínio pela CER era fazer a interiorização da energia vinda de Guri. Até ser emprestado, o material se encontrava guardado no depósito da empresa de economia mista, localizado no bairro São Vicente há quase sete anos.

O empréstimo foi reconhecido pela diretoria da CER ao Ministério Público. O atual diretor-presidente da empresa, Aécio Medeiros, justificou em depoimento aos promotores Luiz Antônio Araújo de Souza e João Xavier Paixão, propositores da ação, que o diretor-técnico da CER foi o responsável pela autorização da entrega do material.

Ao ser ouvido pelo MPE, Eduardo Matos também confirmou a negociação tida por ilegal pelo órgão ministerial. Ele justificou que celebrou um contrato com a Amazônia Indústria e Serviço Ltda em regime de comodato. Disse que a autorização para utilização dos cabos elétricos e demais materiais - bobinas e carretéis - pela empresa beneficiada tinha apenas o intuito de resguardar a CER, uma vez que a autorização para a negociação já havia sido dada pela presidente anterior da empresa, Belgerrac Vilela Batista.

"O empréstimo se deu em razão da necessidade de concluir um trecho de distribuição de energia elétrica pertencente à Boa Vista Energia S.A, empresa para a qual a Amazônia Indústria e Serviço Ltda está prestando serviço", informou Eduardo Matos em seu relato ao promotor Luiz Antônio. Ele acrescentou ainda que a distribuição de energia para qual o material foi destinado iria atender os consumidores que estavam ligados na rede de 69KV, pertencente à CER, em atendimento à reivindicação dos consumidores de Alto Alegre, que são atendidos pela companhia energética.

OUTRO LADO - O Fontebrasil manteve contato com o assessor de Comunicação da CER, Renan Becker, para tentar conversar com Eduardo Matos, mas este disse que o diretor-técnico estava em serviço no município de Caracaraí e que só seria possível dar um retorno no final da tarde. Segundo Renan, apenas Eduardo Matos pode se pronunciar sobre o assunto.

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