- 12 de novembro de 2024
Luiz Valério
Colaborador do Fontebrasil
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Diretores do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (Sinjoper) discordam do fato do presidente da entidade, Humberto Silva, estar usando um site apócrifo para publicar acusações inverídicas e ofensivas ao editor deste site, jornalista Edersen Lima. As acusações publicadas por Silva afirmam que o editor do Fonte é alvo da operação "Leão Ferido", da Polícia Federal, que investiga a sonegação de impostos no país. O primeiro secretário do Sinjoper, Fernando Eder disse que vai provocar a convocação de uma assembléia extraordinária para discutir o assunto internamente.
Conforme declaração fornecida pelo provedor Uze, Silva é o responsável pelo Macuxi.com, pois foi quem registrou o domínio. Em notas publicadas na coluna intitulada "Borduna na cabeça", de muito mau gosto por sinal, o presidente do sindicato, que também assessora a prefeita Teresa Jucá (PPS) e o senador Romero Jucá (PMDB), publicou acusações de sonegação fiscal e fez afirmações que atentam contra a honra do editor do Fontebrasil.
Para Fernando Eder, é preciso que a diretoria da entidade tome uma atitude imediata em relação ao procedimento de Humberto Silva. Ele entende que o Código de Ética dos jornalistas está sendo desrespeitado pelo próprio presidente do sindicato. "Acredito que fica difícil para uma entidade séria como o Sinjoper permanecer numa situação dessas. O sindicato não pode ficar assim. Entendo que se ele (Humberto Silva) quer agir dessa maneira, deve se afastar do sindicato e se dedicar ao site", opinou.
O primeiro-secretário disse ainda que se ficar comprovado que Silva fez uso de documentos falsos para fazer tais acusações, como afirmou Edersen Lima na sua coluna "Opinião formada" de hoje, aí a situação se complica ainda mais, pois a Polícia Federal teria que se pronunciar."Se houver o uso de documentos falsos, a PF terá que tomar uma iniciativa", disse o primeiro-secretário da entidade que congrega os jornalistas. Além de provocar uma assembléia da direção do Sinjoper, Eder disse entender que a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) também deve ser comunicada do episódio que envolve o presidente do Sindicato dos Jornalistas.
A reportagem buscou ouvir ainda o jornalista Gonzaga de Andrade, vice-presidente do sindicato, a respeito do assunto, mas ele preferiu não se pronunciar. "Prefiro não opinar", justificou. Já o presidente do Conselho de Ética da entidade, Plínio Vicente, afirmou que é preciso uma provocação da parte interessada para que o departamento se pronuncie a respeito. Numa rápida conversa com o Fonte, Plínio Vicente disse "o Conselho não é polícia, apenas analisa os excessos da profissão". E acrescentou: "tudo é uma questão de estatuto. O que o documento mandar nós faremos".
INSATISFAÇÃO - O sentimento de insatisfação no que diz respeito à administração de Humberto Silva à frente do Sinjoper está aumentando entre os próprios membros da diretoria. O tesoureiro da entidade, Jailton Cordeiro, afirmou ao Fonte que pretende entregar o cargo porque Silva não está prestando contas das receitas do sindicato. ""Desde que assumimos, eu pedi a Humberto Silva uma prestação de contas abrangendo inclusive o mandato anterior e estou esperando até hoje", queixou-se.
Conforme Jailton, o sindicato teria recebido algo em torno de R$ 8 mil reais, referente ao pagamento de mensalidades atrasadas pelos filiados e a prestação de contas desse dinheiro ainda não aconteceu. Antes da eleição da atual diretoria, foi decidido em Assembléia o pagamento de apenas três mensalidades em atraso, sendo que o restante do débito dos devedores seria anistiado. É ao dinheiro do pagamento dessas três mensalidades a que se refere Jailton Cordeiro.
"Infelizmente o sindicato se resume apenas na pessoa do presidente", reclamou. Para o tesoureiro, a entidade não está cumprindo o seu papel de representante e incentivador da categoria. "Desde a posse até hoje não foi realizado sequer um evento para a categoria", disse.