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Lula diz que seguirá paciência de JK para atravessar crise política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não vai se matar, não renunciará e nem deixará que o tirem do Palácio do Planalto para atravessar a crise política. "Meu comportamento será o que teve o ex-presidente Juscelino Kubitschek: paciência, paciência e paciência", disse, ao afirmar que continuará no "comando" e pedir "confiança" aos membros do "Conselhão".


AFP 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não vai se matar, não renunciará e nem deixará que o tirem do Palácio do Planalto para atravessar a crise política. "Meu comportamento será o que teve o ex-presidente Juscelino Kubitschek: paciência, paciência e paciência", disse, ao afirmar que continuará no "comando" e pedir "confiança" aos membros do "Conselhão".

Em longo discurso no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Lula disse que as denúncias de corrupção em seu governo e no PT partem de "gângsteres". E reiterou seu compromisso com a busca da verdade, pedindo punição para os responsáveis, em quaisquer instâncias apuradas pelas investigações do Congresso.

Ao falar de seu futuro, Lula citou ex-presidentes da República que atravessaram crises e o que fizeram como solução pessoal.

Ele lembrou que Getúlio Vargas se suicidou; Jânio Quadros renunciou por inimigos ocultos e João Goulart foi deposto pelos militares. Disse que JK foi " achincalhado " . Mas citou que nada diria sobre presidentes mais recentes.

"Nem farei como Getúlio, nem farei como Jânio, nem farei como João Goulart" , disse, completando que seguirá a paciência de JK para esperar a verdade aparecer, afirmando ainda que está tranqüilo.

"Porque a verdade aparecerá. Se depender da minha paciência, pode demorar um mês, três meses ou dois anos, não importa" , afirmou Lula. E completou dizendo que estará "no comando, não de forma autoritária, mas democrática".

Pediu a seus ministros que fiquem "mais vigilantes do que nunca" . Lula concluiu, agradecendo votos de apoio dado por quatro conselheiros que leram nota à sua chegada na reunião, dirigindo-se, em especial a Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco: "Vocês não se arrependerão de ter confiança, não em mim, mas na minha equipe de governo".

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