- 12 de novembro de 2024
Luiz Valério A deputada Marília Pinto (PSDB) criticou os deputados que fazem oposição ao Governo do Estado no caso da condenação do procurador Geral do Estado, Pedro de Alcântara Duque, a dois anos de prestação de serviço na Cadeia Pública e ao pagamento de R$ 5 mil para a Associação dos Idosos pela juíza Cristiane Miranda Botelho. Ela disse que o comportamento dos parlamentares opositores ao governador Ottomar Pinto (PTB) não foi o mesmo, quando o senador Romero Jucá (PMDB) estava sendo denunciado por toda a grande mídia nacional por desvio de dinheiro oriundo de empréstimo feito junto ao Basa (Banco da Amazônia S/A) para a empresa Frangonorte. Marília lembrou que Romero Jucá esteve durantes meses na mira da mídia nacional, enquanto ocupou o cargo de ministro da Previdência, por envolvimento no chamado "escândalo da Frango Norte" e não recebeu nenhum pronunciamento dos deputados estaduais cobrando a apuração aprofundada do caso. "Os ilícitos que envolvem Pedro Duque dizem respeito apenas ao exercício da advocacia, ao contrário de Romero Jucá". Ele (Romero) é acusado de crime contra a administração pública. Crime é crime e as responsabilidades têm que ser apuradas", assinalou. Apesar de afirmar que citava o caso de Romero Jucá apenas para traçar um paralelo de situações em que são usados dois pesos e duas medidas, o pronunciamento de Marília Pinto parece ter tido um objetivo certeiro: relembrar aos eleitores de que o ex-ministro da Previdência, candidato declarado ao governo estadual, está envolvido em denúncias de falcatruas envolvendo recursos públicos. Ou seja desgastar a sua imagem. "Muitas vezes, se sai do foco da mídia nacional [mais uma vez fazia alusão ao caso Frango Norte] não por ter sido solucionado, mas devido ao surgimento de escândalos maiores, como é o caso do Mensalão", disse. Marília, que é líder do governado na Assembléia Legislativa e filha do governador Ottomar Pinto, lembrou ainda que, apesar das evidências e indícios contra o ex-ministro, a Justiça não retirou Jucá do ministério da Previdência, uma pasta tão importante para o país. "Então, é preciso que o raio de visão da Assembléia Legislativa seja ampliado e não se traga discussões apenas pontuais", afirmou. "Não se pode usar de dois pesos e duas medidas", complementou. A deputada disse que o procurador Geral do Estado têm o direito de recorrer e vai fazê-lo até a última estância e que se restar provado a sua culpa, ele será afastado do cargo pelo governador.
Colaborador do Fontebrasil
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