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A PREOCUPAÇÃO COM A EDUCAÇÃO DO ESTADO - Profª Ilma de Araújo Xaud*

a falta de professor em algumas salas de aula é uma questão que deveria ser respondida pelos que, por diversas vezes notificados, não se dignaram a resgatar o compromisso que todos assumimos ao escolher uma profissão. Para essa mesma questão, como para outras, pode-se perguntar, também: porque em governos anteriores foram abertas escolas com 6, 4 e até 2 alunos?


Alegra-nos saber que há mais pessoas preocupadas com a situação da educação no Estado, mesmo sendo pessoas também ligadas ao setor.

Sentimos, porém, a necessidade de acrescentar uma série de outras indagações, para reflexão de quantos se preocupam com o assunto. Essas indagações, por certo, diriam ao senhor presidente do SIPROM o porque de tantos problemas, alguns dos quais já do conhecimento de todos que militam na área educacional.

Por exemplo: a falta de professor em algumas salas de aula é uma questão que deveria ser respondida pelos que, por diversas vezes notificados, não se dignaram a resgatar o compromisso que todos assumimos ao escolher uma profissão. Para essa mesma questão, como para outras, pode-se perguntar, também: porque em governos anteriores foram abertas escolas com 6, 4 e até 2 alunos? Isso, naturalmente exige um número muito maior do que os habilitados que existem no Estado.

Sobre a qualidade do ensino: até 1994 o ensino em Roraima tinha uma qualidade que se pode classificar como razoável, uma vez que nossos alunos atingiam nível igual ao da média nacional. Porque, então, as administrações anteriores deixaram que se deteriorasse a tal ponto a qualidade do nosso ensino?

Com relação a CGM: Porque será que os membros da CGM que atuavam até 2004 simplesmente deixaram um volume considerável de processos acumulados, sem nenhum despacho? E, note-se, alguns desses processos há cerca dois anos naquela Comissão. Porque os componentes da CGM simplesmente abandonaram o serviço a partir deste ano, sem ao menos comunicar seu afastamento à Secretaria de Educação? Porque o próprio Presidente da Comissão foi o primeiro a abandonar o posto a partir de novembro de 2004, dizendo à Secretária da Comissão que não iria trabalhar com "esse povo, que não queria nem saber"? Porque esse mesmo presidente da Comissão, nomeado pela Portaria nº 004, de 14 de outubro de 2004, para coordenar a Avaliação do Estágio Probatório de professores nomeados através de concurso público nunca providenciou a referida avaliação ou se o fez não deu publicidade ou encaminhou aos canais competentes?

Porque o senhor Presidente do SIPROM acusa, hoje, a CGM de não funcionar, questionando a Secretaria de Educação, uma vez que esse mesmo Sindicato indicou dois nomes para fazer parte da Comissão, um deles o seu Vice-Presidente? Hoje podemos informar que a CGM está funcionando plenamente, inclusive para atender ao volume acumulado de processos encontrados.

A Secretaria de Educação efetivamente encaminhou as faltas referentes à paralisação dos professores, por isso o desconto. A reposição das aulas a ser realizada de acordo com calendário acertado com o SIPROM implicará na reposição dos descontos efetuados no salário, por conta das faltas.

E a Universidade Estadual: Será que o Estado não pode aspirar a ter sua própria instituição de ensino superior? Será que não merece? Os recursos da Educação Básica não podem ser aplicados em outro nível de ensino - é de lei! E deve-se ressaltar que a Universidade Estadual não precisa ser implantada "a toque de caixa", de qualquer maneira. E, para isso, a Secretaria de Educação pretende contar com professores questionadores, efetivamente preocupados com o ensino, com o desenvolvimento de Roraima.

Há muito mais, ainda, a ser questionado a propósito desse "Estado de calamidade da educação", que deveria ter sido decretado em novembro de 2004.

* Secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos.

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