- 12 de novembro de 2024
Brasília - A deputada Suely Campos propôs a pouco durante reunião na liderança do PP a quebra dos sigilos fiscal e bancário de todos os parlamentares federais do partido. Segundo ela, a medida demonstraria que o PP não tem o que temer quanto às denúncias de mensalão e poria maior transparência à crise política que envolve governo e Congresso Nacional. "Há um ditado popular que cai como uma luva nessa situação: quem não deve, não teme", comentou ou Suely. Ela também justifica a proposta de quebra de sigilos fiscal e bancário destacando que sobre os partidos (PP, PL, PMDB e PT) denunciados recaem sombras de dúvidas sobre outros parlamentares que nada têm a ver com as denúncias de mensalão. "Não é justo que as acusações que se fazem a uma minoria de parlamentares respinguem sobre quem não tem qualquer relação com esquemas pois há um pré-julgamento no ar. O grau de desconfiança e descrença com a classe política só cresceu e algo tem que feito para que tudo seja bem apurado para evitar injustiças e que o joio seja separado do trigo", defende Suely Campos. A deputada disse que protocolará na Câmara a permissão para que a CPI dos Correios ou qualquer outra CPI tenham livre acesso às suas contas. SEM LEGENDA - No entanto, a deputada acredita que a exemplo do presidente do PL, Waldemar Costa Neto, outros deputados deverão renunciar fugindo do processo de cassação e conseqüente perda dos direitos políticos por oito anos. "Esse mecanismo (renúncia) também mancha a imagem do Congresso. O certo seria que os demais partidos por força de lei - a ser criada - retirassem a legenda daqueles que renunciaram", defende. Para Suely Campos o momento é propício para se realizar a reforma política. "Estamos vendo o quanto é vulnerável, em todos os aspectos, o sistema político no país. De bom, dessa crise, pode-se criar leis que pelo menos dificultem irregularidades e abusos que hoje podem ser cometidos".