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Venezuela vai intensificar combate ao contrabando, garante Raul

O governo venezuelano decidiu que vai endurecer mais ainda a guerra contra o contrabando de gasolina na fronteira do país, em Santa Elena, com o município de Pacaraima, no norte do Estado. O contrabando tem crescido apesar das ações de combate e segundo o deputado Raul Lima, a situação de quem vive desse comércio é delicada.


Raul Lima, combate ao contrabando.

Por Marlen Lima

O governo venezuelano decidiu que vai endurecer mais ainda a guerra contra o contrabando de gasolina na fronteira do país, em Santa Elena, com o município de Pacaraima, no norte do Estado. O contrabando tem crescido apesar das ações de combate e segundo o Primeiro Secretário da Assembléia Legislativa, deputado Raul Lima, a situação de quem vive desse comércio é delicada.

Raul Lima, que também é presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, vem mantendo contatos para que soluções sejam encontradas para que a fronteira entre os dois países tenha um comércio mais lucrativo para os empresários brasileiros e venezuelanos. O deputado revela que a Guarda Nacional da Venezuela saiu de cena e quem está fazendo o patrulhamento da área de fronteira é o exército venezuelano, conhecido por ser extremamente rigoroso nas suas atuações, "e isso é temeroso, pois eles são muito rígidos".

Entre as ações do governo venezuelano para combater o contrabando, segundo Lima, foi imposto a redução de venda de combustível para veículos brasileiros, deixando de ser 80 litros para somente 40 litros.

Todo esse processo de conversação entre os dois países tem sido feito ao longo deste ano, e Raul Lima disse que acertou com os venezuelanos que não reduzissem os litros de combustível para os veículos brasileiros. "Mas sei que isso não tem sido cumprido e eles já mudaram tudo que ficou acertado", diz o parlamentar, que comunica que fará uma nova sessão de entendimentos com o governo da Venezuela, "e esse trabalho é todo para não os turistas não fiquem prejudicados, pois do jeito que está para se abastecer na fronteira é algo que leva mais de quatro horas, isso tudo prejudica o turismo".

Segundo Raul Lima os mecanismos que os venezuelanos entendem que poderão afunilar e ter mais controle na venda de combustível é falho. O deputado informa ainda que a bomba exclusiva de abastecimento de gasolina para atender unicamente aos turistas, ato que partiu depois de muitas reuniões através da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela com agentes venezuelanos, ficou para ser concretizado para daqui a dois meses.

PREÇO TENTADOR - O litro de gasolina na Venezuela é vendido em algo em torno de R$ 0,50 centavos de real, e revendido em Boa Vista por R$1,25. A gasolina nos postos da cidade custa em média R$2,50. Raul Lima diz que entende a situação das pessoas que fazem do contrabando de gasolina um sustento ou reforço de caixa para poder sobreviver. Mas ele salienta que o que é preciso é desburocratizar o sistema atual de negócios entre os dois países para se poder ter mais investimentos tanto de empresários brasileiros, "que possam exportar mais e dos empresários venezuelanos que querem gastar o seu dinheiro aqui seja como turistas ou como investidores".

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