Atrasados do BN com jornalistas e funcionários é de R$ 109 mil; presidente do Sinjoper garante que intercedeu pelo pagamento

Edersen Lima, Editor

Brasília - O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Roraima, Humberto Silva, afirmou que intercedeu junto à diretoria do BrasilNorte para que os pagamentos atrasados fossem efetuados e que isso já teria ocorrido. No entanto, funcionários do jornal desmentem Humberto e informam que a média de salários atrasos é de quatro meses.

A diretora do BN, Eudiene Martins, teria para receber de R$ 20.193,85 referentes a seis meses de trabalho, mais segunda parcela do 13º de 2004. "Sabemos que ela tem feito de tudo para acabar com os atrasos e é por causa dela que ainda estamos aqui, acreditando que essa crise toda passe, mas ela tem outras fontes de renda e muitos aqui, não", reclama um funcionário do jornal.

Mas a grande reclamação dos profissionais do BrasilNorte está na figura do presidente do sindicato, Humberto Silva. Eles reclamam de que não houve da sua parte qualquer atitude mais enérgica quanto à situação do jornal, como ocorreria caso acontecesse o mesmo com professores, com médicos ou com servidores públicos.

No final do ano passado quando além dos vencimentos atrasados e nenhuma informação sobre o pagamento de 13º salário tirava o sono dos empregados do BN, Humberto Silva ganhou espaço para publicar uma coluna semanal no jornal. "Jornalista quer espaço, assim ele pode aparecer e fechar patrocínios, daí fica difícil você sendo atendido pelo dono ir depois cobrar para ele pagar salários atrasados", acredita um jornalista do BN.

Jornalistas que já não trabalham mais no BN ainda aguardam pagamento integral de rescisão de contrato, o que é considerado pela legislação trabalhista em crime. Humberto Silva está a par disso mas tem se mostrado alheio aos fatos.

O Fontebrasil tem cópia do resumo de pendências referentes a salários, férias e 13º atrasados de março a junho do BrasilNorte que chegam ao montante de R$ 109.450,85. Porém, o site acha desnecessário a sua publicação e conseqüente exposição de colegas que trabalham e não recebem.