- 12 de novembro de 2024
Edersen Lima, Editor
Brasília - Parte da diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Roraima vai pedir o afastamento de Humberto Silva da presidência do Sinjoper. Os motivos são simples. Humberto não estaria conciliando a missão de trabalhar em defesa da classe.
Primeiro, não tem tempo. Ele é assessor de prefeita Teresa Jucá, o que lhe ocupa bastante tempo inclusive nos fins de semana. É assessor do Sintran, o que também lhe ocupa bastante tempo. É empregado da TV Caburaí, que também lhe ocupa tempo. Além dos trabalhos extras que desde sempre realiza, principalmente as sextas-feiras.
O segundo motivo é o que pesa. Humberto, como assessor de Teresa e empregado da TV que Romero Jucá controla, tem sido omisso e negligente em não defender colegas processados e censurados pelos patrões. E nem permite que qualquer membro do sindicato, fale pela instituição contra as ações de seus empregadores.
O Sinjoper tem servido mais a Humberto, do que Humberto ao Sinjoper. O status de presidir a entidade tem-lhe aberto portas. Empregos. Salários. Comprometimentos.
Assim, Humberto Silva tem ficado do lado de quem lhe emprega, de quem lhe paga e de quem lhe dá espaço em colunas e programas. No caso dos colegas do BrasilNorte que há mais de dois anos convivem com salários atrasados, Humberto nada fez. Não ficou ao lado da classe tanto que não se tem notícia de qualquer ação efetiva, enérgica, responsável e defensora de sua parte nessa questão. É isso que se espera de um representante de classe?
Chega-se à conclusão que o jornalista de Roraima não precisa de quem não está ao seu lado. Chega-se à conclusão de que o Sinjoper já deu a sua contribuição a Humberto Silva. E chega-se à conclusão de que se os jornalistas roraimenses querem se fortalecer contra adversidades futuras precisam mudar o seu destino. Precisam deixar a omissão e oportunismo, pelo dever de defender a classe, e coragem para enfrentar a covardia de quem lhes quer por cabresto e mordaça.