- 12 de novembro de 2024
EDERSEN LIMA, EDITOR
Brasília - O apresentador Emílio Surita, do Pânico na TV terá que se explicar. De graça, ele recebeu de Juan Sragovicz uma procuração com total poderes para fazer o que quiser na rádio Equatorial e TV Imperial. Emílio Surita é irmão da prefeita Teresa Surita Jucá.
Apesar disso, de toda a responsabilidade com a Equatorial e com a Imperial, Emílio Surita não se abalou de São Paulo para cuidar dos seus novos negócios em Boa Vista. Mandou que Alexandre Morris, diretor da TV Caburaí, dirigisse o negócio. Tudo dentro do maior profissionalismo e imparcialidade.
Assim a historinha pra boi dormir acaba.
Historinha pra boi dormir, mesmo. Em qualquer país sério, com um Ministério Público Federal e Receita Federal mais atentos, essa transação ou procuração seria melhor investigada.
*Primeiro, o que leva o dono fazer esse tipo de negócio com gente que ele nem conhece e de graça?
*Segundo, esse tipo de negócio não costuma ser de graça, então, pode ser que dinheiro do Brasil para os Estados Unidos tenha sido remetido. Legalmente?
*Terceiro, se por ventura rolou dinheiro, quanto, como, e de onde veio esse dinheiro?
Estranhamente, Teresa Jucá transferiu de sua conta particular em menos de cinco dias R$ 472 mil reais para as empresas de Rodriguinho Jucá. A Polícia Federal investiga isso.
Em Roraima, a informação extra-oficial que pesa é a de que Romero Jucá é que, a exemplo da TV Caburaí, controla agora a Equatorial e a Imperial.
Romero já foi pego em contradições sobre a Caburaí. Em julho de 1999, disse ele acochado pela revista Veja: "Não tenho nenhuma relação com a Fundação Roraima". "Emprestei a minha casa para a Fundação só para colaborar". "Só tenho relações (com a TV Caburaí) políticas com a TV, que é a única que dá voz à oposição". Ver abaixo trechos na matéria de Veja.
Mas, se não era dono da Caburaí, o que fazia, então o seu nome como sócio-gerente no documento (ver documento abaixo) de propriedade da TV?
Para deixar a trama em clima dantesco, Romero Jucá numa providência que só mãe Joana Carranza (a guia espiritual e astral de Teresa) pode explicar, transferiu em 1999 suas cotas para um laranja, embasado num artigo do Código Civil que só passou a vigorar em 2001. Isso é o que se pode chamar de "se antecipar ao lance".
Se o Ministério Público Federal, estudar um pouquinho mais o contrato de transferência que Romero Jucá assinou, comprovará a fraude tosca no contrato de transferência que rubriscado pelo próprio no documento que assinado em 1999 que só foi recebido pela Junta Comercial em 2004. Por que isso tudo?
Com a palavra, o procurador da República, Rômulo Conrado.
Matéria de VEJA onde Jucá nega ter qualquer gerência sobre a TV Caburaí.
CONTRATO COM INDÍCIOS DE FRAUDE EM QUE JUCÁ TRANSFERE SUAS COTAS DA TV CABURAÍ